Académica mantém a série de quinze jogos sem vencer
A equipa de Pedro Emanuel recebeu o Olhanense pressionada pela vitória do Feirense sobre o Vitória de Setúbal que colocou a formação de Santa Maria da Feira a dois pontos dos estudantes.
Sem poder contar com os lesionados Pape Sow, Diogo Gomes e Orlando, e os castigados Éder e Abdoulaye, o técnico de 37 anos apresentou um onze com apenas uma novidade - Nivaldo como médio ala esquerdo.
Do lado do Olhanense, Sérgio Conceição sabia que uma vitória em Coimbra garantiria automaticamente a permanência e, por isso, montou a equipa de forma a apostar naquilo que é mais forte, nas transições rápidas.
A equipa da casa tomou a iniciativa de jogo nos minutos iniciais e, aos 8', dispôs da primeira situação de perigo. Cédric tirou um grande cruzamento do lado direito e, vindo de trás, Nivaldo cabeceou ao lado.
Na resposta, aos 16 minutos, Flávio impediu que o remate de Wilson Eduardo tivesse sucesso.
Até ao intervalo, o jogo mostrou-se muito disputado, com ambos os conjuntos a não terem mais ocasiões para marcar e com o árbitro João Ferreira a distribuir cartões. Nos últimos cinco minutos da primeira parte, o árbitro de Setúbal foi ao bolso seis vezes.
A segunda metade foi um autêntico hino ao desperdício com a Briosa a não conseguir concretizar as inúmeras oportunidades de que dispôs para marcar. Aos 52 minutos, um grande passe de Diogo Melo isolou Edinho, mas o avançado, na cara de Fabiano, atirou por cima. Três minutos depois, o guarda-redes algarvio impediu que um grande remate de Adrien de fora da área desfizesse o nulo no marcador. Na sequência do pontapé de canto, Diogo Melo ganhou a bola, tirou um adversário da frente e rematou, mas Fabiano estava, novamente, atento.
Ora, como se diz na gíria, "quem não marca, sofre". Foi isso que aconteceu à passagem da hora de jogo, Salvador Agra, em mais uma arrancada supersónica, ganhou em velocidade a Reiner Ferreira e, à entrada da área, esperou pelo apoio dos colegas, ninguém da Académica saiu à bola e, vindo de trás sem qualquer tipo de oposição, o capitão Rui Duarte rematou colocado para o fundo da baliza de Peiser.
Se as coisas estavam complicadas para os estudantes, ainda mais ficaram quando Flávio viu o segundo cartão amarelo por protestos, aos 64 minutos.
Apesar de estar em desvantagem, o público presente no Estádio Cidade de Coimbra não parou de incentivar e apoiar a Briosa que, com menos um jogador em campo, foi atrás do resultado. Na tentativa de reforçar o ataque, Pedro Emanuel colocou em campo Diogo Valente e Danilo nos lugares de Nivaldo e Diogo Melo e a avalanche ofensiva da Académica foi ainda maior. Edinho, aos 86', e Marinho, aos 87', podiam ter empatado o jogo mas, ambos em zona privilegiada, não conseguiram acertar na baliza.
Aos 89 minutos, Saulo entrou para o lugar do lesionado Reiner Ferreira e os estudantes arriscaram tudo, expondo-se demasiado aos contra-ataques adversários. Com a equipa da casa toda balanceada para o ataque, o Olhanense poderia ter matado o jogo já em tempo de compensação através de Cauê, primeiro, de Wilson Eduardo depois, e de Yontcha, que rematou ao poste.
O jogo estava impróprio para cardíacos e o público vibrava no Cidade de Coimbra, acreditando no empate. Aos 90+5 minutos, Edinho ainda cabeceou à trave da baliza de Fabiano, mas o resultado não mais se alterou.
A Briosa continua assim a sua série de quinze jogos sem vencer para o campeonato, vê-se ameaçada pela aproximação do Feirense, que está agora a apenas a dois pontos de distância e, na próxima jornada, a equipa de Coimbra visita o reduto do leão para defrontar o Sporting. Vida difícil para os comandados de Pedro Emanuel.
Vai ser uma grande pena se a equipa dos estudantes descer de divisão...
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