sexta-feira, junho 29, 2012

Super Mário Balotelli leva Itália à final de Kiev

Dois golos do avançado do Manchester City deitaram por terra a Alemanha


A Itália surpreendeu tudo e todos e eliminou uma das grande favoritas à conquista do Euro 2012, a Alemanha, vencendo por 1-2.
A equipa de Cesare Pradelli entrou em campo numa espécie de 4x1x3x2, com De Rossi à frente da defesa e com um trio de médios centro formado por Marchisio mais à direita, Pirlo no centro e Montolivo mais descaído para a esquerda. Na frente de ataque Cassano voltou a ter a companhia de Balotelli, que seria a grande figura do jogo.
A Alemanha até entrou melhor e poderia ter inaugurado o marcador logo aos 5 minutos, não fosse Prilo a tirar a bola em cima da linha de golo, depois do desvio de Khedira na sequência de um canto do lado esquerdo.
No entanto, na primeira vez que a Itália chegou à baliza de Neuer, marcou. Cassano teve um trabalho fantástico sobre Hummels do lado esquerdo, centrou para a pequena área onde Balotelli, com uma entrada de rompante, ganhou nas alturas a Badstuber e cabeceou para o primeiro golo do jogo. 
Em desvantagem, a Mannschaft tentou responder e Khedira quase fez o empate aos 35 minutos. Depois de uma grande dominação de peito, o jogador merengue rematou sem deixar a bola bater no chão, obrigando Buffon a uma grande intervenção.
Ora, quem não marca sofre e, no minuto seguinte foi isso que aconteceu em mais uma falha da defensiva germânica. Montolivo lançou Balotelli na frente, Lahm ficou plantado no terreno colocando o avançado do City em jogo e este, isolado, desferiu um míssil que só parou no fundo das redes da baliza de Neuer. Bis do irreverente avançado italiano, 0-2 no marcador. 
A surpresa ganhava contornos ainda maiores e a Alemanha parecia não mostrar argumentos para inverter o resultado.
Ao intervalo, quando se esperava que Joachim Löw arriscasse mais e passasse a jogar com dois avançados,  eis que coloca Klose no lugar de Mário Gómez e Marco Reus no corredor esquerdo onde estava Podolski. Aos 62 minutos, a Alemanha tentou reduzir a desvantagem através de Reus que, na cobrança de um livre directo, obrigou Buffon a voar e a somar mais uma grande defesa.
Já em desespero, o seleccionador alemão arriscou tudo e lançou Thomas Müller, retirando Boateng. A Alemanha passou a jogar apenas com três jogadores no sector recuado a partir dos 72 minutos e a Itália dispôs de vários contra-ataques onde poderia ter chegado ao terceiro golo. Por várias vezes, os avançados italianos surgiram isolados na cara de Neuer, mas nunca conseguiram desfeitear o guardião do Bayern de Munique.
Já nos descontos, os germânicos ainda beneficiaram de uma grande penalidade que Özil converteu, reduzindo a desvantagem. 
Contudo, a Itália tinha já o passaporte assegurado para a final deste Euro 2012. Pirlo voltou a ser o maestro desta equipa, pautando o jogo e deliciando os adeptos com pormenores fantásticos ao longo dos 90 minutos.
Aguarda-se assim por um grande embate com a Espanha, com a curiosidade de ver uma grande batalha entre este meio-campo italiano liderado por Pirlo e o meio-campo espanhol do chamado tiki-taka.

quinta-feira, junho 28, 2012

Glória lusitana travada na lotaria dos penáltis

Portugal esteve a um passo da final mas o ferro, mais uma vez, impediram o sonho



Era o jogo que todos esperavam. Depois de nos quartos-de-final terem ultrapassado a República Checa e a França, respectivamente, Portugal e Espanha disputavam o passaporte para a final do Euro 2012.
Paulo Bento apresentou o onze que já tinha anunciado, com Hugo Almeida no lugar do lesionado Postiga, enquanto Vincent del Bosque decidiu apostar no factor surpresa, lançando Negredo quando todos esperavam que Torres ou Fábregas preenchessem a vaga na frente do ataque espanhol.
Como era de esperar, o equilíbrio esteve patente durante todo o jogo e a preocupação em anular as investidas ofensivas do adversário foi a grande preocupação de ambas as equipas, fazendo com que Rui Patrício e Casillas fossem autênticos espectadores durante a primeira parte. À excepção de um remate de Ronaldo que rasou o poste esquerdo e outro de Arbeloa que passou a centímetros da barra da baliza portuguesa, não existiram grandes oportunidades de golo no primeiro tempo.
Sempre com mais posse de bola, a Espanha tentava impor o seu jogo, mas a estratégia portuguesa resultou desde o início - pressão alta, rapidez sobre a bola, ocupação de espaços, aproximação das linhas não  permitindo que os médios espanhóis surgissem entre sectores para desequilibrar, grande concentração em zonas perigosas, agressividade na recuperação e espírito de entreajuda. Foram estes factores que permitiram à equipa das quinas conseguir anular o tiki taka e impedir as penetrações na defensiva nacional.
Sem conseguir criar perigo pelo corredor central, a Espanha encontrou em Jordi Alba a poção que poderia levar ao sucesso. Com uma energia inesgotável, o lateral esquerdo do Valência foi um autêntico desequilibrador e foi por ele que La Roja conseguiu criar as situações de maior perigo. 
Além disso, consciente de que a equipa não estava a conseguir circular a bola como é habitual, Vincent del Bosque voltou ao primeiro plano e colocou em campo Fábregas no lugar de Negredo. A partir daqui a Espanha cresceu e começou a criar mais dificuldades a Portugal. 
Hugo Almeida ainda tentou alvejar por duas vezes a baliza de Casillas, mas sem sucesso, acabando por ser substituído por Nélson Oliveira. Também Ronaldo não conseguiu acertar com o alvo em dois livres directos que rasaram o travessão. 
Do outro lado, Pepe e Bruno Alves limpavam tudo e Coentrão, sempre com grande garra e entrega, anulava David Silva, levando o seleccionador espanhol a fazer entrar Jesus Navas para o seu lugar.
Contudo, a toada era a mesma, as faltas de ambas as partes iam-se somando e as oportunidades não apareciam nem de um lado nem do outro, levando o jogo para prolongamento.
Já em claro défice físico, a equipa nacional recuou um pouco no terreno e os nuestros hermanos superiorizaram-se. Na sequência de mais uma incursão de Jordi Alba pelo lado esquerdo, Iniesta teve nos pés a grande oportunidade do jogo, mas Rui Patrício negou-lhe o golo com uma grande defesa para canto.
Ora, sem golos durante 120 minutos, chegaram as grandes penalidades. Esta lotaria até começou bem, com Rui Patrício a defender o remate de Xabi Alonso, mas logo piorou quando Moutinho permitiu a defesa a Casillas e Bruno Alves acertou na trave. No penalti decisivo Fábregas também acertou no poste, mas neste caso a bola entrou e apurou a Espanha para a final do Euro 2012, onde poderá defender o título conseguido em 2008.
Neste conjunto espanhol podemos destacar a exibição de Sérgio Ramos que foi um autêntico muro defensivo, Jordi Alba que foi o grande responsável por todos os desequilíbrios causados ao longo dos 120 minutos e, claro, Fábregas que, além de ter concretizado o penalti decisivo, mudou completamente o jogo depois da sua entrada.
Portugal caiu assim de pé, com uma boa exibição, com uma defesa intransponível, um meio-campo incansável e um ataque que, apesar de não ter marcado, não se pode dizer que tenha estado mal. Destaque para as exibições de Pepe, Coentrão e Moutinho, tendo este último ficado com a mancha do penalti falhado. 
Fica o sentimento de dever cumprido e que, apesar de todas as críticas, Portugal fez um excelente Europeu, mostrou ao mundo a qualidade dos seus jogadores e do seu colectivo e apresentou em grande nível aquele que caminha a passos largos para a conquista da Bola de Ouro...Cristiano Ronaldo.

sábado, junho 23, 2012

Alemanha junta-se a Portugal nas meias-finais

Ataque diferente, o mesmo resultado. Vitória sobre a Grécia por 4-2



Depois de uma fase de grupos 100% vitoriosa, a Alemanha viu sair-lhe em sorte a equipa que talvez causou mais surpresa ao apurar-se para estes quartos-de-final.
Joachim Low surpreendeu ao colocar Mario Gómez, Podolski e Muller no banco de suplentes, lançando de início Marco Reus, Schürrle e Klose na frente de ataque.
Por seu lado, Fernando Santos apostou em Makos, no lugar de Gekas, reforçando assim o meio-campo na ausência de Karagounis.
Como era previsível a Alemanha entrou a dominar tentando chegar ao golo o mais depressa possível. Já a Grécia adoptou uma estratégia defensiva, baixou as suas linhas de forma a tentar aguentar o 0-0 o mais tempo possível e esperou pelas oportunidades para lançar o contra-ataque.
Após várias oportunidades, a equipa germânica adiantou-se no marcador aos 39 minutos através de Lahm que, flectindo para o meio, rematou de pé direito forte e colocado. Grande golo do lateral do Bayern de Munique!
Ao intervalo, Fernando Santos decidiu apostar em Gekas, retirando o desinspirado Ninis, bem como em Fotakis, que substituiu Tzavellas e conseguiu mesmo chegar ao empate à passagem do minuto 55'. Numa grande iniciativa de Salpingidis pelo lado direito, o extremo grego cruzou para a pequena área onde surgiu Samaras a encostar para o fundo da baliza de Neuer.
No entanto, a festa grega durou apenas seis minutos pois, aos 61', Boateng cruzou do lado direito e Khedira, de primeira, fuzilou Sifakis.
A reacção germânica ao golo de Samaras não poderia ser melhor uma vez que, aos 68 minutos, na sequência de um livre lateral apontado por Özil, Klose ganhou nas alturas e cabeceou ampliando a vantagem.
E como estávamos numa fase em que de seis em seis minutos se marcava um golo, aos 74',  Marco Reus fez o quarto golo da Mannschaft, numa recarga ao remate de Klose que Sifakis defendeu de forma incompleta.
Antes do final, a Grécia ainda chegou ao segundo golo através de uma grande penalidade convertida por Salpingidis.
O resultado fixou-se assim em 4-2, a Alemanha está nas meias-finais e conhecerá o seu adversário no domingo, depois do jogo entre a Inglaterra e a Itália, enquanto a Grécia regressa a casa de cabeça erguida, pois conseguiu alcançar o grande objectivo que era a passagem aos quartos-de-final.

Nação Valente e Imortal!

Melhor do Mundo marca e continua a alimentar o sonho lusitano no Euro 2012


Grande parte do país parou para ver este jogo entre Portugal e a República Checa a contar para os quartos-de-final do Euro 2012.
Depois de muitas críticas, a verdade é que a vitória frente à Dinamarca e a grande exibição que derrotou os holandeses possibilitaram à Selecção fazer as pases com os portugueses e reaproximar o povo. 
Conscientes do bom momento da equipa das quinas, os checos entraram cautelosos, com um bloco baixo e as linhas muito próximas, tentado ocupar os espaços e impedir que a penetração na sua defesa. Uma estratégia que nos primeiros vinte minutos resultou. Causou muitas dificuldades aos comandados de Paulo Bento e que fez com que o jogo se tornasse esquisito e desinteressante.
No entanto, a partir daí Portugal assumiu o jogo, pressionou mais à frente, passou a ter mais posse de bola e as oportunidades começaram a surgir pelo suspeito do costume...Cristiano Ronaldo. O capitão começou por ensaiar um livre directo que passou ao lado, continuou pedalando numa bicicleta que se fosse à baliza era o golo do Euro e terminou a primeira parte atirando uma bola ao poste depois de um grande trabalho em que dominou a bola no peito, rodou sobre um adversário, mas o ferro impediu o golo.
A segunda parte começou como acabou a primeira, ou seja, com a Selecção Nacional a dominar. Com um Coentrão endiabrado e com um meio-campo que transpirava confiança e segurança, os homens da frente continuaram a criar oportunidades. Já com Hugo Almeida no lugar do lesionado Hélder Postiga, foi mesmo o avançado do Besiktas a dispor da primeira oportunidade da etapa complementar, mas o cabeceamento saiu por cima. 
Aos 48 minutos, a maldição dos ferros de Ronaldo teve novo episódio. Livre do craque merengue e a bola a embater pela quarta (!) vez no poste neste Euro 2012.
A República Checa ia tentando respirar e Jiracek era o homem que levava a equipa para a frente. No entanto, a segurança e concentração da defensiva lusa nunca possibilitou ao médio checo criar perigo junto da baliza de Rui Patrício.
Depois de dez minutos de algum entusiasmo no jogo, a República Checa voltou a ser encostada às cordas. Nani avisou com um remate que obrigou Cech a aplicar-se e, aos 79 minutos, Portugal chegou à vantagem. Jogada do lado direito de Nani, João Moutinho apareceu vindo de trás, criou o desiquilíbrio e centrou para Cristiano Ronaldo que, à entrada da pequena área, se antecipou a Selassie e cabeceou batendo Peter Cech.   Explosão de alegria dos muitos portugueses presentes no Estádio Nacional de Varsóvia. Foi o seu terceiro golo na competição que lhe permitiu, não só alcançar Mário Gómez no primeiro lugar do top de melhores marcadores, como também igualar Nuno Gomes no número de golos marcados em fases finais de Europeus, seis.
Em desvantagem, era de esperar que a equipa checa tentasse discutir o resultado, mas a verdade é que não demonstrou argumentos e Portugal até poderia ter ampliado a vantagem, não fosse a classe de Peter Cech.
De realçar  o grande espírito de união, de entrega, de sacrifício e de entreajuda de todos os jogadores e as grandes exibições de Fábio Coentrão, Moutinho, Meireles e Cristiano Ronaldo que, mais uma vez foi decisivo. Um golo, duas bolas ao poste, uma mão cheia de oportunidades criadas, enfim... ao nível que nos habituou.
Portugal conseguiu assim o apuramento para as meias-finais do Europeu, ficando agora à espera do resultado entre a Espanha e a França para conhecer o seu adversário.

quinta-feira, junho 21, 2012

Equipas dos quartos à lupa

Começam os os quartos-de-final do Euro 2012


Terminada a fase de grupos, em que forma marcados 60 golos e nenhuma partida acabou com o resultado em 0-0, inicia-se hoje os quartos-de-final do Euro 2012.  



República Checa vs Portugal

Os checos qualificaram-se no primeiro lugar do grupo A com duas vitórias e uma derrota. Marcaram 4 golos - dois de Jiracek e outros dois de Pilar - e sofreram 5, sendo que 4 deles tiveram a assinatura russa. É uma equipa que assenta o seu estilo de jogo numa estratégia de contra-ataque e que fecha bem os espaços. Se Rosicky ainda não estiver a 100%, a equipa perde alguma qualidade na organização de jogo, pois é ele o maestro e o pensador de todos os processos ofensivos. 
Vindo de uma preciosa vitória  e de uma grande exibição frente à Holanda, Portugal tem os índices de confiança e motivacionais no máximo. Depois da derrota no jogo inaugural com a Alemanha, a equipa das quinas tem vindo a crescer e tem demonstrado um bom nível exibicional que lhe permitiu assegurar o segundo lugar do grupo B, o chamado "grupo da morte". Com 5 golos marcados, a equipa lusa faz parte do grupo de Selecções mais concretizadoras, apenas atrás da Espanha que tem 6 golos. No entanto, também tem sofrido golos em todos os jogos, 4.

Alemanha vs Grécia

A Alemanha continua a alimentar o seu favoritismo para vencer a competição. Venceu o grupo B, sendo a única equipa que somou 3 vitórias nos três jogos, marcou também 5 golos e tem a segunda melhor defesa da prova, com apenas 2 golos sofridos. Conta também com o melhor marcador deste Europeu - Mário Gómez - que já festejou por três vezes. É uma equipa forte, agressiva, que gosta de dominar os jogos e que, apesar de não criar muitas oportunidades de golo, é bastante eficaz. É claramente uma das favoritas a par da Espanha.
A Grécia foi a grande surpresa desta fase de grupos. Depois de um empate na primeira jornada frente à Polónia e de uma derrota com a República Checa na segunda, os comandados de Fernando Santos puxaram pelos galões e venceram a Rússia, assegurando o segundo lugar do grupo A com 3 golos marcados e 3 sofridos. Para estes quartos-de-final, o treinador português tem uma grande contrariedade que é a indisponibilidade do seu maestro Karagounis, que cumpre castigo. Poderá sentir bastantes dificuldades perante o poderio germânico, sendo que o contra-ataque será uma das estratégias utilizadas para tentar bater Neuer.

Espanha vs França

A campeã europeia e mundial é naturalmente a grande favorita à conquista do Euro 2012. Somou duas vitórias e um empate (frente à Itália) que lhe deram o primeiro lugar do grupo C. Tem o melhor ataque da prova - 6 golos - e a melhor defesa, com apenas um golo sofrido. Apesar de a espaços não apresentar aquele futebol espectacular que a caracterizou e de existir uma grande polémica em redor do último jogo frente à Croácia devido ao seu menor rendimento, a La Roja tem sido uma equipa eficaz e que, quando o colectivo não funciona, tem as individualidades que resolvem uma partida em segundos. Sempre com a posse da bola como a sua imagem de marca, tem demonstrado alguma incapacidade para alvejar as balizas adversárias a média e longa distância, privilegiando na maioria das vezes a tentativa de penetração nas defensivas contrárias - algo que por vezes se torna complicado, pois os adversários tendem a resguardar o seu corredor central de forma bastante fechada.
Por seu lado a França tem sido uma agradável surpresa, excepção feita ao último jogo frente à Suécia. Tem demonstrado um futebol de qualidade, com as suas maiores figuras a destacarem-se. Depois do empate na ronda inaugural frente à Inglaterra, a equipa de Laurent Blanc fez um bom jogo, vencendo a Ucrânia por 2-0. Na última jornada perdeu com a Suécia, apresentando uma outra face e terminou a fase de grupos no segundo lugar do grupo D, com 3 golos marcados e 3 golos sofridos. Tem nas alas a sua maior arma, com Ribéry a assumir-se como grande dinamizador das acções ofensivas. Nasri e Cabaye têm-se apresentado também a bom nível no centro do terreno. 

Inglaterra vs Itália

Mesmo sem Rooney castigado, a Inglaterra fez pela vida nas duas primeiras jornadas, empatando com a França e vencendo a Suécia. No último jogo da fase de grupos, Rooney voltou à equipa para resolver. Foi ele que marcou o golo da vitória frente Ucrânia, num encontro marcado pela polémica em torno de um golo não validado à equipa anfitriã. A equipa de Roy Hodgson terminou esta fase no primeiro lugar do grupo D com 5 golos marcados e 3 sofridos. Condicionada pelas várias lesões de Lampard, Gareth Barry e Gary Cahill a Inglaterra tem-se mostrado algo inferior àquilo que tem sido nos últimos anos. Uma das chaves de sucesso tem sido os desequilíbrios provocados em contra-ataque pela velocidade dos seus extremos Ashley Young e Walcott. 
Por vezes criticada pela forma defensiva com que joga, a Squadra Azurra tem sido uma equipa bastante claculista defensivamente, bem ao estilo italiano, que fecha bem as linhas de passe, joga com a linha média bem junto da linha defensiva e que cria bastante perigo nos contra-ataques através dos lançamentos longos ora de Pirlo, ora de Marchisio para os seus avançados. Neste capítulo o todos eles já marcaram - Di Natale, Cassano e Balotelli - bem como o seu estratega, o eterno Andrea Pirlo. A Itália terminou o grupo C no segundo lugar, com 4 golos marcados e apenas 2 sofridos.

domingo, junho 17, 2012

Portugal está nos quartos-de-final do Euro 2012

Cristiano Ronaldo foi o homem do jogo ao marcar dois golos e a rubricar uma grande exibição



Portugal está nos quartos-de-final do Euro 2012! A equipa das quinas venceu esta noite a Holanda por 2-1 num grande jogo de futebol.
Paulo Bento apresentou o mesmo onze que perdeu com a Alemanha e venceu a Dinamarca, enquanto a Holanda surgiu no jogo de forma algo "partida". Com apenas dois médios centro - Nigel de Jong com missões defensivas e Van der Vaart com tendência ofensiva - os comandados de Van Marwijk  demonstravam grande criatividade no ataque, mas muitas dificuldades defensivas.
Contudo, foi equipa holandesa que entrou melhor no jogo e chegou à vantagem aos 11 minutos através de um grande golo de Van der Vaart que, de fora da área e de pé esquerdo, rematou em arco batendo Rui Patrício.
No entanto, a resposta lusa não poderia ser melhor! Primeiro, Cristiano Ronaldo deu o aviso num remate aos poste e num cabeceamento que obrigou Stekelenburg a uma boa defesa e, aos 28 minutos, CR7 fez o empate para Portugal. João Pereira rasgou a defesa holandesa com um grande passe, o capitão da Selecção Nacional surgiu isolado e fez o 1-1.
Com a equipa partida, a Holanda sentia muitas dificuldades no sector mais recuado e Portugal aproveitou para criar perigo. Numa grande resposta às críticas dos últimos dias, Ronaldo pegou no jogo e levou a equipa para a frente. 
Aos 33 minutos, o craque merengue voltou a testar Stekelenburg com um grande remate a cerca de 25 remates da baliza. O mesmo aconteceu dois minutos depois num cabeceamento ao lado na sequência de um canto cobrado do lado direito.
A Laranja Mecânica não conseguia reagir e só conseguia construir jogo a partir de iniciativas de Van der Vaart, de Sneijder ou de Robben. Mesmo assim, a defensiva portuguesa transmitiu sempre uma grande concentração e segurança.
Na segunda parte, a Holanda continuou a ter mais bola mas sempre que a equipa das quinas passava a zona intermédia, a defensiva laranja termia. 
Aos 67 minutos deu-se um dos momentos chave do encontro. Na tentativa de arriscar tudo, Van Marwijk retirou do jogo o lateral esquerdo Willems para fazer entrar Afellay, passando a alinhar com três centrais. Se a equipa já sentia muitas dificuldades, ainda passou a ter mais em acções defensivas. Em inferioridade numérica no sector mais recuado, a Holanda foi encostada às cordas muito por culpa das iniciativas ora de Ronaldo, ora de Nani. 
Foram precisamente estes intervenientes que criaram uma das melhores oportunidades do jogo. Depois de mais uma grande jogada, CR7 levantou a cabeça e ofereceu o golo a Nani que, com tudo para marcar, atirou contra o guardião holandês.
Dois minutos depois, Nani redimiu-se do falhanço. Depois de uma grande recuperação de Pepe, Nani lançou o contra-ataque na direita e encontrou Ronaldo no lado oposto que, depois de tirar um defesa do caminho, rematou para o fundo das redes laranja. Era a festa portuguesa nas bancadas de Kharkiv.
Em desvantagem, a Holanda tentou reagir mas, apesar de ter muita gente na frente, nunca conseguiu criar verdadeiro perigo, muito devido a Pepe, com uma exibição imperial, limpou tudo o que era cruzamentos para a área lusa. 
A única excepção aconteceu aos minuto 82' quando Van der Vaart, à entrada da área, rematou uma vez mais, mas a bola embateu no poste da baliza de Rui Patrício.
Já em cima do minuto 90', mais uma bola no ferro com a autoria de...Ronaldo. O capitão português flectiu para o meio e, de pé esquerdo, acertou onde menos queria.
Nota ainda para o grande perspicácia de Paulo Bento que mexeu na equipa em momentos chave. Primeiro lançou Nélson Oliveira para o lugar do desgastado Postiga; depois, em resposta ao seleccionador holandês, colocou Custódio em campo com o intuito de equilibrar a equipa defensivamente, uma vez que a Holanda já tinha mais jogadores no ataque; por fim, fez entrar Rolando de forma a segurar a vantagem.
Por fim, de salientar a grande exibição de Ronaldo e de Pepe. Quinta-feira, há jogo com a República Checa a contar para os quartos-de-final deste Euro 2012.



quinta-feira, junho 14, 2012

Levantou-se o esplendor de Portugal

Desta vez a solução estava no banco... Varela entrou para fazer o 3-2 final


Num jogo impróprio para cardíacos, até foi a Dinamarca a chegar primeiro à baliza adversária, dispondo de três cantos nos quatro minutos iniciais.
Depois Portugal equilibrou o jogo e pôs em sentido a defensiva dinamarquesa. Primeiro, Ronaldo tentou alvejar a baliza de Andersen, mas a bola saiu ao lado. De seguida, Miguel Veloso cobrou de forma exemplar um livre do lado esquerdo e Hélder Postiga, a meias com um adversário, não acertou no alvo.
Como à terceira é de vez, aos 24 minutos, a equipa portuguesa chegou ao golo. Moutinho marcou o canto do lado esquerdo e Pepe, solto de marcação, surgiu a cabecear ao primeiro poste para o fundo da baliza viking. Explosão de alegria para os milhares de "tugas" presentes nas bancadas da Arena de Lviv.
A Dinamarca não conseguiu reagir ao golo sofrido e Portugal aproveitou para aumentar a vantagem aos 36 minutos. Nani cruzou rasteiro do lado direito e Postiga, respondendo a todas as críticas dos últimos dias, fuzilou Andersen. Um golo à ponta-de-lança, 2-0 para Portugal!
Com a vantagem de dois golos, equipa das quinas facilitou e Bendtner aproveitou para reduzir, num lance em que a defensiva nacional cometeu vários erros. Primeiro, ninguém impediu o cruzamento do lado direito, depois, Pepe e Bruno Alves ficaram à espera do fora-de-jogo, João Pereira esqueceu-se de Krohn-Dehli e este colocou a bola na cabeça de Bendtner, que só teve de encostar, batendo Rui Patrício.  
Ainda antes do intervalo, a Selecção Portuguesa poderia ter feito o terceiro. Nani centrou da direita, Postiga antecipou-se a Andersen e Ronaldo, nas sobras, quase faz a emenda, não fosse o corte providencial de Kjaer.
A segunda parte abriu com Portugal a desperdiçar uma oportunidade soberana para sentenciar o jogo. Postiga isolou Ronaldo, mas o capitão permitiu a defesa a Andersen.
A resposta da Dinamarca chegou aos 62 minutos por intermédio de Kvist que, aproveitando uma bola perdida à entrada da área, rematou de primeira, fazendo a bola rasar o poste esquerdo da baliza portuguesa. 
Aos 78 minutos, Cristiano Ronaldo, uma vez mais, teve uma ocasião flagrante para matar o jogo, mas voltou a falhar. Isolado na cara Andersen, após passe de Nani, CR7 atirou ao lado. Uma má finalização do capitão português que, além de demonstrar alguma ansiedade, pareceu ter acusado alguma pressão.  
Ora, como quem não marca sofre, a dez minutos do fim, mais um cruzamento do lado direito de Krohn-Dehli e Bendtner, nas costas de Pepe, a cabecear para o golo da igualdade. Um balde de água fria para os portugueses servido por um jogador que facturou por seis vezes nos últimos cinco jogos contra a equipa das quinas.
Na tentativa de colocar mais gente na frente, Paulo Bento lançou Varela retirando Raúl Meireles e a verdade é que em boa hora o fez. A três minutos dos 90', Fábio Coentrão cruzou do lado esquerdo, o extremo do FC Porto ainda falhou o primeiro remate, mas à segunda atirou sem hipóteses para o guardião dinamarquês. Um golo em cima da hora que deu a  vitória a Portugal e que relança as esperanças lusitanas para a passagem aos quartos-de-final.



quarta-feira, junho 13, 2012

Rússia a um passo do apuramento

Mais um empate a 1 golo neste Euro 2012


Tal como aconteceu no primeiro jogo diante da Grécia, a Polónia voltou a entrar melhor frente à Rússia e até controlou os primeiros 25 minutos.
Durante esse período criou algumas situações de perigo, incluindo a primeira grande oportunidade de golo, que teve a assinatura de Boenisch. Depois de um livre à direita cobrado por Obraniak, o lateral cabeceou para uma defesa por instinto de Malafeev.
Aos 18 minutos, Polanski ainda introduziu a bola na baliza, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo.
À passagem da meia hora, a Polónia abrandou e a Rússia conseguiu equilibrar o jogo, passou a ter mais posse de bola e até chegou com mais perigo junto da baliza polaca. Esta superioridade veio a traduzir-se no primeiro golo do jogo. Arshavin bateu um livre do lado esquerdo e Dzagoev, com um toque subtil  de cabeça, fez o golo inaugural. Terceiro festejo do jovem craque do CSKA de Moscovo neste Euro 2012!
Depois do intervalo, os russos continuaram a controlar as operações e a equipa da casa procurou chegar ao empate através de transições rápidas em contra-ataque. 
Esta estratégia resultou e, aos 57 minutos, Blaszczykowski fugiu pelo corredor direito, flectiu para o meio e rematou colocado,de pé esquerdo, não dando hipóteses a Tyton. Grande golo do capitão polaco!
Aos 68 minutos, Dzagoev voltou a reaparecer no jogo e tentou o golo num remate rasteiro, mas o guardião que substituiu o castigado Szczesny estava atento e defendeu. 
No último quarto de hora ambas as equipas pareceram desistir do jogo, demonstrando satisfação com o resultado. Se da parte da Rússia foi notória uma quebra física da primeira para a segunda parte, do lado da Polónia ficou a ideia de que poderia ter aproveitado esse cansaço adversário para garantir uma preciosa vitória.
Contudo, com este resultado, os czars ficam numa posição muito favorável para alcançarem a qualificação para os quartos-de-final, enquanto o conjunto de Franciszek Smuda está obrigado a vencer a Rep.Checa para conseguir prolongar a festa até à próxima fase da prova.

Grécia com vida complicada

Selecção comandada por Fernando Santos perde por 1-2 com a Rep. Checa


Não está a ser um Europeu de sorte para o treinador português. Depois do empate com a Polónia na primeira jornada, a Grécia teve uma entrada desastrosa no jogo e aos 6 minutos já perdia por 2-0.
Logo aos 3 minutos, depois de uma perda de bola a meio campo, Hubschman isolou  Jiracek que, que na cara de Chalkias, atirou a contar.
Três minutos depois, na sequência de um pontapé de baliza de Cech, a defensiva grega perdeu uma vez mais a segunda bola, Rosicky desmarcou Selassie no lado direito, o lateral cruzou para a pequena área e Pilar, aproveitando a falha do guardião Chalkias e a passividade de Katsouranis, encostou para o 2-0.
E como um azar nunca vem só, aos 21 minutos, Fernando Santos teve mais uma contrariedade. Chalkias lesionou-se e teve que ser substituído por Sifakis. 
Até ao intervalo a equipa grega não conseguiu criar perigo, à excepção do lance em que Fotakis até cabeceou para o fundo da baliza checa, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo.
Na segunda parte, a Grécia conseguiu reduzir, mesmo sem fazer por isso. Num lance de extrema infelicidade, Peter Cech falhou ao interceptar uma bola perdida e Gekas aproveitou para marcar. 
Na procura da igualdade, os gregos ainda tentaram intensificar a pressão, mas nunca conseguiram criar verdadeiro perigo. 
Já a Rep. Checa soube aproveitar os erros adversários no início do jogo e, depois, gerir a vantagem que lhes permitiu somar os primeiros três pontos.
Na última jornada da fase de grupos a Grécia defronta a Rússia, enquanto a Polónia vai ser o adversário dos checos. 

terça-feira, junho 12, 2012

França e Inglaterra empatam 1-1

Jogadores do Manchester City marcaram os golos


Foi a Inglaterra a entrar melhor neste confronto de gigantes do futebol europeu. A França não esperava um início tão forte do adversário e sentiu algumas dificuldades nos primeiros minutos.
No entanto, já à passagem da meia hora, quando a equipa de Laurent Blanc conseguiu equilibrar a partida e chegar com perigo junto da baliza de Joe Hart, a Inglaterra adiantou-se no marcador. Steven Gerrard cobrou um livre perfeito do lado direito, Lescott ganhou nas alturas a Alou Diarra e cabeceou para o fundo das redes.
A resposta francesa não demorou e, passados nove minutos, Nasri fez o golo do empate com um remate rasteiro, forte e colocado de fora da área.
A segunda parte começou da mesma forma que a primeira, isto é, a todo o gás. O problema é que este só durou cerca de 5 minutos porque, depois, o jogo foi amolecendo e as oportunidades de golo escassearam, chegando mesmo a haver nas bancadas espectadores, literalmente, a dormir.
Se a Inglaterra não tinha mais argumentos para colocar em campo, devido às lesões e ao castigo de Wayne Rooney, a França poderia ter arriscado muito mais. As substituições efectuadas apenas aos 83 minutos, demonstram que não era só Roy Hodgson a ter cautelas no jogo, pois Laurent Blanc pareceu ficar satisfeito com o ponto conseguido neste primeiro jogo.
Nuestros hermanos e Squadra Azurra empataram 1-1 na estreia no Euro 2012


Vicent de Bosque surpreendeu ao montar a equipa inicial sem a presença de nenhum avançado de raíz, à semelhança do que acontece no Barcelona. Com um meio campo formado por Xabi Alonso, Busquets e Xavi, o ataque ficou reservado para David Silva, Iniesta e Fábregas, que fez de "falso 9".
Já a Itália iniciou a partida com uma estratégia igual a si própria, isto é, num sistema tático de 3-5-2, muito bem resguardado defensivamente. 
Nos primeiros minutos foi a Espanha que teve mais iniciativa de jogo, mais posse de bola e mais perto da baliza adversária, mas nunca conseguiu furar a defesa transalpina devido ao grande aglomerado de jogadores vestidos de azul nas imediações da área.
Apesar da aparente filosofia defensiva, a verdade é que sempre que a Itália tinha a bola, também se preocupava em construir jogo ofensivo. A primeira situação de perigo pertenceu, inclusive, à Squadra Azurra, Pirlo cobrou um livre à entrada da área e a bola só não parou no fundo da baliza porque Casillas efectuou uma grande defesa.
Aos 23 minutos, foi a vez de Cassano assustar com um cruzamento/remate que passou muito perto do poste direito da baliza espanhola.
A quinze minutos do intervalo, mais uma boa ocasião de golo para a Itália. Depois de um centro da esquerda, Marchisio, de fora da área, rematou de primeira sem deixar cair a bola, mas à figura de Casillas.
Na segunda parte, a Espanha continuou a tentar implementar o seu estilo de jogo apoiado, sempre com sucessivas tabelas entre os seus jogadores e conseguiu criar perigo aos 49 minutos, numa jogada que terminou com um voo de Buffon a remate de Xavi. Dois minutos depois, Fábregas combinou com Iniesta e o camisola 6 rematou, mas a bola saiu ao lado.
À passagem da hora de jogo, Di Natale, que tinha entrado para o lugar de Balotelli quatro minutos antes, surgiu na cara de Casillas e à saída do guardião, desviou a bola de pé direito, adiantando os transalpinos no marcador. 
Contudo, a festa durou pouco pois, aos 64 minutos, Fábregas empatou o jogo. David Silva recebeu o esférico de Iniesta à entrada da área e, com um passe magistral, isolou o camisola 10  que atirou para o fundo das redes da baliza de Buffon.
A partir daqui o jogo passou a ter um cariz de parada/resposta em que qualquer das equipas podia ter chegado ao segundo golo. Primeiro foi Di Natale, já em esforço, a rematar de primeira ao lado e depois, na resposta, o recém-entrado Fernando Torres tentou o chapéu a Buffon, mas as medidas saíram erradas.
Já nos descontos, após sucessivas tabelinhas entre Xavi e Iniesta, Xabi Alonso apareceu à entrada da área para rematar, mas a bola saiu ligeiramente ao lado.
O empate foi assim o resultado final num jogo muito bem disputado em que as duas procuraram chegar à vitória, mas que a inspiração dos guarda-redes manteve o 1-1.

segunda-feira, junho 11, 2012

Faltou um bocadinho assim...

Boa exibição da equipa portuguesa, mas com o problema de sempre, falta de eficácia e de...sorte


Portugal entrou com uma derrota neste Euro 2012, frente à Alemanha. No entanto, a exibição em geral foi positiva, mas ficou manchada com um dos mais graves problemas que têm assolado a equipa portuguesa nos últimos tempo: a falta de eficácia na hora de finalizar.
Paulo Bento desfez as dúvidas que havia em torno do trinco e do ponta-de-lança, apenas na hora do jogo, colocando Miguel Veloso à frente da defesa e Postiga como homem mais avançado.
Como era esperado, a Alemanha entrou com mais bola mas Portugal, não baixando demasiado as suas linhas, defendeu bem com a equipa compacta e não deu muito espaço aos germânicos.
Durante toda a primeira parte o jogo foi dividido e a preocupação de ambas equipas em não errar era bem visível. 
No entanto, a grande oportunidade da primeira parte pertenceu a Portugal. A um minuto do intervalo, na sequência de um canto do lado direito do ataque lusitano, a bola sobrou para Pepe que rematou, a bola teimosamente embateu no canto superior esquerdo da baliza de Neuer e ainda em cima da liga de golo, mas não entrou. Azar para Portugal numa oportunidade flagrante que podia ter mudado o rumo do jogo.
Na segunda metade, a tendência manteve-se. Jogo muito dividido, com ligeira superioridade para a equipa germânica, mas com a Selecção Nacional a controlar as ocorrências. Até que, aos 72 minutos a Alemanha marcou. Cruzamento do lado direito, a bola ainda desviou em Moutinho, antes de Mário Gómez cabecear, entre João Pereira e Pepe, para o fundo da baliza de Rui Patrício.
Em desvantagem, os comandados de Paulo Bento reagiram bem e foram atrás do prejuízo. Já com Nélson Oliveira no lugar de Postiga, o seleccionador nacional fez entrar Varela, retirando do jogo Raúl Meireles. Foi a partir daqui que Portugal se superiorizou e encostou a Alemanha às cordas, tendo várias oportunidades para chegar ao golo do empate.
Ao 82 minutos, uma "bomba" de Ronaldo só não parou no fundo da baliza porque Neuer efectuou uma grande defesa. 
A sorte não queria nada com os portugueses e, dois minutos depois, num cruzamento/remate de Nani, a bola voltou a embater na trave da baliza alemã. 
Já a dois minutos dos 90', Varela teve nos pés uma das melhores oportunidades de todo o encontro. Nélson Oliveira segurou muito bem a bola entre os centrais germânicos, esperou pelo apoio, Nani não chegou à bola e o jogador do FC Porto, na cara de Neuer, rematou contra o guardião bávaro.
No último lance do jogo, Moutinho cobrou um canto do lado esquerdo e, nas alturas, Bruno Alves cabeceou mas não acertou com o alvo.
Portugal saiu assim derrotado de um jogo em que controlou durante 90 minutos a poderosa Alemanha e, já depois do golo de Gómez, demonstrou uma grande atitude, encostando os comandados de Joachim Löw lá atrás. Dispôs de mais oportunidades para marcar, mas a nível de eficácia a Mannschaft foi mais forte e somou os primeiros três pontos desta fase de grupos.
A equipa das quinas fica assim sem margem de erro, pois terá que vencer a Dinamarca e a Holanda se quiser seguir em frente neste Euro 2012.

Dinamarca espremeu laranja mecânica

Krohn-Dehli marcou o único golo do jogo



Holanda e Dinamarca foram as primeiras equipas do grupo B a entrar em campo e a causarem a primeira grande surpresa deste Euro 2012.
Os vice-campeões mundiais foram os primeiros a criar perigo logo aos 7 minutos, Robben centrou da esquerda, a bola desviou ainda num jogador nórdico e sobrou para Van Persie que rematou ligeiramente ao lado. 
Com mais posse de bola e mais remates, a Laranja Mecânica estava por cima no jogo mas, na primeira grande oportunidade de golo, a Dinamarca adiantou-se no marcador. Num grande lance de Krohn-Dehli, o jogador do Brondby iludiu completamente Heitinga e, desviado para a esquerda, fez a bola passar entre as pernas de Stekelenburg. 
Em desvantagem, a Holanda tentou responder primeiro por Robben que, depois de um mau passe de Andersen, rematou ao poste, e depois por Afellay que, aproveitando o espaço no corredor central, deitou um adversário e atirou mas a bola passou a rasar a barra.
A segunda parte começou de forma electrizante e com mais do mesmo - a Holanda a procurar o golo do empate, mas sempre sem eficácia. Aos 50 minutos, Van Bommel surgiu solto à entrada da área e rematou forte para boa intervenção do guardião Andersen.
Apesar das poucas vezes que ia à baliza holandeza, sempre que ia, a Dinamarca criava perigo. Aos 70 minutos, Krohn-Dehli esteve perto de bisar. O extremo derivou da esquerda para o meio e rematou fortíssimo, valendo a excelente intervenção do guarda-redes Stekelenburg .
Quatro minutos depois, a Holanda teve uma das oportunidades mais flagrantes para empatar a partida. Depois de um magistral passe de trivela de Sneijder, Huntelaar isolou-se mas, na cara de Andersen, permitiu a intervenção ao guardião dinamarquês. Van Persie ainda tentou a recarga, mas este agarrou a tempo.
Até ao final, a equipa laranja bem tentou o empate mas nunca o conseguiu muito por culpa de uma Dinamarca que defendeu de forma quase perfeita durante os 90 minutos e segurou a vantagem. Apesar dos 28 remates durante toda a partida, a selecção vice-campeã do mundo demonstrou falta de eficácia e alguma dependência dos rasgos de Robben e Van Persie. Já Sneijder, foi um jogador igual a si próprio, ou seja, o maestro da equipa, conseguindo inúmeros desequilíbrios através de passes magistrais para os seus colegas. 
A Holanda fica assim com a vida muito difícil, uma vez que o próximo jogo é com a... Alemanha.

Rússia assina primeira goleada

Vitória sobre a República Checa por 4-1 com muito talento de Dzagoev


No segundo jogo do grupo A deste Euro 2012, a Rússia entrou em campo mais decidida e, liderada por Arshavin, chegou ao golo cedo, à passagem do primeiro quarto de hora. Num lance pela direita, Zyryanov cruzou para Kerzhakov que, de cabeça atirou ao poste e, na recarga, Dzagoev rematou forte para o fundo das redes checas. 
Quando a República Checa tentava responder, a equipa Dick Advocaat chegou ao segundo golo.Na sequência de um passe magistral de Arshavin, Kerzhakov deixou a bola passar para Shirokov que, isolado, picou a bola sobre Cech.
Na segunda parte foram novamente os russos a entrar melhor, mas foi a República Checa que conseguiu chegar ao golo. Aos 51 minutos, um passe perfeito de Plasil desmarcou Pilar que tirou Malafeev da frente e atirou, reduzindo a desvantagem.
Com o golo marcado os checos apreceram acordar, mas sempre que a Rússia acelerava os seus processos, os comandados de Michal Bílek sentiam muitas dificuldades. Foi o que aconteceu aos 79 minutos, um passe em profundidade do recém entrado Pavlyuchenko colocou o Dzagoev na cara do golo e o jovem craque do CSKA de Moscovo rematou certeiro.
A República Checa não conseguia reagir e, três minutos depois, Pavlyuchenco ampliou a vantagem. Grande jogada individual do avançado do Lokomotiv de Moscovo, depois de uma série de fintas, rematou forte de pé direito, fixando o resultado final em 4-1. 
Com este resultado, os czars prometem dar que falar neste Europeu, ao passo que os checos terão que fazer muito mais se quiseres passar aos quartos-de-final da prova.

Polónia e Grécia abrem Euro 2012 com 1-1

Grécia de Fernando Santos até podia ter levado os três pontos. Karagounis falhou um penalti



O jogo inaugural do Euro 2012 que opôs uma das equipas da casa, a Polónia, à Grécia terminou com um empate.
A Polónia até entrou melhor na partida e chegou ao golo aos 17 minutos. Blaszczykowski tirou um grande cruzamento do lado direito, o guarda-redes Chalkias não saiu da baliza de forma decidida e o avançado do Borússia de Dortmund, Lewandowsky, fez o primeiro golo da competição.
Os polacos demonstravam maior assertividade que se traduzia no domínio do jogo nos primeiros 25 minutos. A partir daqui a Grécia equilibrou o encontro e conseguiu chegar mais perto da baliza polaca. No entanto, antes do intervalo, a vida complicou-se ainda mais para os gregos que viram o central Papastathopoulos ser expulso por acumulação de amarelos. Uma decisão polémica do árbitro Carlos Velasco Carballo.
Na segunda parte, como a Polónia estava a jogar em casa, em vantagem e a jogar com mais um homem, esperava-se que entrasse de forma a resolver o jogo rapidamente, pressionando à procura do segundo golo. Contudo, não foi isso que aconteceu. Enquanto a Polónia ficou na expectativa para ver o que o jogo dava, Fernando Santos foi mais perspicaz, quis mexer com o jogo e foi atrás do resultado. Para isso, colocou Salpingidis em campo, que se iria revelar o homem do jogo.
Aos 51 minutos, Torosidis fugiu pela direita, centrou para o primeiro poste, onde Szczesny e um defesa se desentenderam no duelo com Gekas e Salpingidis aproveitou a bola perdida para fazer o golo do empate.
Aos 68 minutos, após um grande passe de Karagounis, o mesmo Salpinguidis surgiu isolado na cara de Szczesny e o guardião do Arsenal, na tentativa de chegar à bola, derrubou o avançado grego e acabou expulso. Na conversão da grande penalidade, Karagounis permitiu a defesa ao recém entrado Tyton.
Até ao final, ambas as equipas ainda procuraram o golo mas o resultado estava feito.

sábado, junho 02, 2012

Ineficácia, azar e falhas infantis ditam derrota de Portugal

Boa exibição, péssimo resultado


Num jogo marcado pela ineficácia atacante e pela desastrosa exibição defensiva, Portugal perdeu hoje com a Turquia por 1-3, no último ensaio antes do jogo inaugural no Euro 2012 frente à Alemanha. 
Paulo Bento apresentou algumas alterações em relação ao encontro com a Macedónia, dando a titularidade a Miguel Lopes em detrimento de João Pereira, e fazendo regressar ao onze Raúl Meireles, Nani e Hugo Almeida.
Com um Estádio da Luz completamente lotado, a equipa das quinas entrou melhor e criou algumas boas situações de golo, mas foi a Turquia a adiantar-se no marcador através de Bulut, aos 35 minutos, depois de uma desconcentração da defensiva lusa.
O golo não abalou as aspirações de Portugal e, até ao intervalo, o domínio foi totalmente português. Sem sentir o peso da responsabilidade, Cristiano Ronaldo pegou no jogo e, por duas vezes, tentou oferecer o golo a Hugo Almeida, mas esta não era a noite avançado do Besiktas.
Depois do intervalo, a Selecção Nacional entrou da mesma maneira que terminou a primeira parte, ou seja, muito pressionante, sempre à procura do golo mas, ou o último passe, ou o remate, não saiam da melhor forma.
Ora, como diz o ditado, "quem não marca, sofre" e, mesmo quando a Turquia não conseguia aproximar-se da baliza de Rui Patrício, era a defensiva portuguesa a oferecer o golo. Aos 52 minutos, um mau passe de Miguel Veloso para Bruno Alves originou a perda de bola do central do Zenit e, isolado, Bulut bisou.
A resposta de Portugal foi rápida e, cinco minutos depois, na sequência de uma boa jogada colectiva, Ronaldo ofereceu o golo a Nani que, com um remate cruzado, reduziu a desvantagem.
Com o golo marcado, as esperanças renasceram e a avalanche ofensiva aumentou ainda mais, mas a sorte  não estava do lado de Portugal. Aos 65 minutos, Miguel Lopes ganhou uma grande penalidade mas, na conversão, Ronaldo permitiu a defesa a Demirel.
Aos 88 minutos, o sector recuado nacional voltou a meter água e, juntamente com uma enorme dose de azar, a Turquia chegou ao 1-3. Depois de uma série de ressaltos e de uma defesa de Eduardo para a frente, Ricardo Costa chutou contra Pepe e a bola acabou no fundo da baliza.
Apesar da boa exibição, a Selecção Nacional demonstrou ansiedade, uma grande ineficácia e cometeu erros que, em alta competição, pagam-se caro. 
Resta-nos esperar que, as falhas tenham sido cometidas todas hoje para que, daqui a uma semana, a exibição seja reflectida no resultado.  

Portugal defronta hoje a Turquia

Último ensaio antes do arranque do Euro 2012 em terras ucranianas


Depois do empate sem golos com a Macedónia, a Selecção Nacional prepara-se para o derradeiro jogo de preparação frente à Turquia, antes da estreia no Euro 2012, dia 9, com a Alemanha.
Já com Miguel Lopes, Varela e Quaresma reintegrados, depois de terem estado limitados por razões físicas, Paulo Bento certamente irá apresentar um onze inicial mais próximo daquele que entrará em campo frente à mannschaft.
Se o primeiro teste com a Macedónia no passado sábado serviu para o seleccionador fazer experiências e ver alguns jogadores menos rotinados, esta partida com a Turquia afigura-se como o último ensaio para o jogo inaugural na competição e, como tal, toda a estratégia da equipa das quinas deverá ser muito semelhante àquela que o seleccionador tem em mente para travar a formação germânica.
Assim sendo, devido ao forte poderio ofensivo dos alemães, Paulo Bento sentirá a necessidade de dar maior equilíbrio à equipa. Por isso, a entrada no onze de um jogador com excelente posicionamento e com um rigor táctico fantástico nas missões defensivas,  como é o caso de Custódio, poderá ser uma aposta muito provável do seleccionador nacional.
Deste modo, se não ocorrer nenhuma alteração de última hora, Portugal deverá iniciar o jogo com: Rui Patrício na baliza, João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Fábio Coentrão a formarem o quarteto defensivo, no meio campo Custódio, João Moutinho e Raúl Meireles, e no ataque Nani na direita, Cristiano Ronaldo na esquerda e Hélder Postiga na frente.
O jogo está marcado para as 19:45h e espera-se lotação esgotada no Estádio da Luz.