Desta vez a solução estava no banco... Varela entrou para fazer o 3-2 final
Num jogo impróprio para cardíacos, até foi a Dinamarca a chegar primeiro à baliza adversária, dispondo de três cantos nos quatro minutos iniciais.
Depois Portugal equilibrou o jogo e pôs em sentido a defensiva dinamarquesa. Primeiro, Ronaldo tentou alvejar a baliza de Andersen, mas a bola saiu ao lado. De seguida, Miguel Veloso cobrou de forma exemplar um livre do lado esquerdo e Hélder Postiga, a meias com um adversário, não acertou no alvo.
Como à terceira é de vez, aos 24 minutos, a equipa portuguesa chegou ao golo. Moutinho marcou o canto do lado esquerdo e Pepe, solto de marcação, surgiu a cabecear ao primeiro poste para o fundo da baliza viking. Explosão de alegria para os milhares de "tugas" presentes nas bancadas da Arena de Lviv.
A Dinamarca não conseguiu reagir ao golo sofrido e Portugal aproveitou para aumentar a vantagem aos 36 minutos. Nani cruzou rasteiro do lado direito e Postiga, respondendo a todas as críticas dos últimos dias, fuzilou Andersen. Um golo à ponta-de-lança, 2-0 para Portugal!
Com a vantagem de dois golos, equipa das quinas facilitou e Bendtner aproveitou para reduzir, num lance em que a defensiva nacional cometeu vários erros. Primeiro, ninguém impediu o cruzamento do lado direito, depois, Pepe e Bruno Alves ficaram à espera do fora-de-jogo, João Pereira esqueceu-se de Krohn-Dehli e este colocou a bola na cabeça de Bendtner, que só teve de encostar, batendo Rui Patrício.
Ainda antes do intervalo, a Selecção Portuguesa poderia ter feito o terceiro. Nani centrou da direita, Postiga antecipou-se a Andersen e Ronaldo, nas sobras, quase faz a emenda, não fosse o corte providencial de Kjaer.
A segunda parte abriu com Portugal a desperdiçar uma oportunidade soberana para sentenciar o jogo. Postiga isolou Ronaldo, mas o capitão permitiu a defesa a Andersen.
A resposta da Dinamarca chegou aos 62 minutos por intermédio de Kvist que, aproveitando uma bola perdida à entrada da área, rematou de primeira, fazendo a bola rasar o poste esquerdo da baliza portuguesa.
Aos 78 minutos, Cristiano Ronaldo, uma vez mais, teve uma ocasião flagrante para matar o jogo, mas voltou a falhar. Isolado na cara Andersen, após passe de Nani, CR7 atirou ao lado. Uma má finalização do capitão português que, além de demonstrar alguma ansiedade, pareceu ter acusado alguma pressão.
Ora, como quem não marca sofre, a dez minutos do fim, mais um cruzamento do lado direito de Krohn-Dehli e Bendtner, nas costas de Pepe, a cabecear para o golo da igualdade. Um balde de água fria para os portugueses servido por um jogador que facturou por seis vezes nos últimos cinco jogos contra a equipa das quinas.
Na tentativa de colocar mais gente na frente, Paulo Bento lançou Varela retirando Raúl Meireles e a verdade é que em boa hora o fez. A três minutos dos 90', Fábio Coentrão cruzou do lado esquerdo, o extremo do FC Porto ainda falhou o primeiro remate, mas à segunda atirou sem hipóteses para o guardião dinamarquês. Um golo em cima da hora que deu a vitória a Portugal e que relança as esperanças lusitanas para a passagem aos quartos-de-final.
O quanto gritei neste golo. A sua escrita faz-me reviver por momentos esse breve episódio, parabéns.
ResponderEliminarMuito obrigado. Fico muito grato pelos elogios e espero que continue a acompanhar o blog e a divulgá-lo, sem possível :)
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