Melhor do Mundo marca e continua a alimentar o sonho lusitano no Euro 2012
Grande parte do país parou para ver este jogo entre Portugal e a República Checa a contar para os quartos-de-final do Euro 2012.
Depois de muitas críticas, a verdade é que a vitória frente à Dinamarca e a grande exibição que derrotou os holandeses possibilitaram à Selecção fazer as pases com os portugueses e reaproximar o povo.
Conscientes do bom momento da equipa das quinas, os checos entraram cautelosos, com um bloco baixo e as linhas muito próximas, tentado ocupar os espaços e impedir que a penetração na sua defesa. Uma estratégia que nos primeiros vinte minutos resultou. Causou muitas dificuldades aos comandados de Paulo Bento e que fez com que o jogo se tornasse esquisito e desinteressante.
No entanto, a partir daí Portugal assumiu o jogo, pressionou mais à frente, passou a ter mais posse de bola e as oportunidades começaram a surgir pelo suspeito do costume...Cristiano Ronaldo. O capitão começou por ensaiar um livre directo que passou ao lado, continuou pedalando numa bicicleta que se fosse à baliza era o golo do Euro e terminou a primeira parte atirando uma bola ao poste depois de um grande trabalho em que dominou a bola no peito, rodou sobre um adversário, mas o ferro impediu o golo.
A segunda parte começou como acabou a primeira, ou seja, com a Selecção Nacional a dominar. Com um Coentrão endiabrado e com um meio-campo que transpirava confiança e segurança, os homens da frente continuaram a criar oportunidades. Já com Hugo Almeida no lugar do lesionado Hélder Postiga, foi mesmo o avançado do Besiktas a dispor da primeira oportunidade da etapa complementar, mas o cabeceamento saiu por cima.
Aos 48 minutos, a maldição dos ferros de Ronaldo teve novo episódio. Livre do craque merengue e a bola a embater pela quarta (!) vez no poste neste Euro 2012.
A República Checa ia tentando respirar e Jiracek era o homem que levava a equipa para a frente. No entanto, a segurança e concentração da defensiva lusa nunca possibilitou ao médio checo criar perigo junto da baliza de Rui Patrício.
Depois de dez minutos de algum entusiasmo no jogo, a República Checa voltou a ser encostada às cordas. Nani avisou com um remate que obrigou Cech a aplicar-se e, aos 79 minutos, Portugal chegou à vantagem. Jogada do lado direito de Nani, João Moutinho apareceu vindo de trás, criou o desiquilíbrio e centrou para Cristiano Ronaldo que, à entrada da pequena área, se antecipou a Selassie e cabeceou batendo Peter Cech. Explosão de alegria dos muitos portugueses presentes no Estádio Nacional de Varsóvia. Foi o seu terceiro golo na competição que lhe permitiu, não só alcançar Mário Gómez no primeiro lugar do top de melhores marcadores, como também igualar Nuno Gomes no número de golos marcados em fases finais de Europeus, seis.
Em desvantagem, era de esperar que a equipa checa tentasse discutir o resultado, mas a verdade é que não demonstrou argumentos e Portugal até poderia ter ampliado a vantagem, não fosse a classe de Peter Cech.
De realçar o grande espírito de união, de entrega, de sacrifício e de entreajuda de todos os jogadores e as grandes exibições de Fábio Coentrão, Moutinho, Meireles e Cristiano Ronaldo que, mais uma vez foi decisivo. Um golo, duas bolas ao poste, uma mão cheia de oportunidades criadas, enfim... ao nível que nos habituou.
Portugal conseguiu assim o apuramento para as meias-finais do Europeu, ficando agora à espera do resultado entre a Espanha e a França para conhecer o seu adversário.
Eu acreditava, mas se não foi este ano, também tão cedo não o será, infelizmente...
ResponderEliminarAté poderá ser, mas para isso o futebol português tem que mudar mentalidades e os clubes têm que apostar muito mais nos jovens. Jogadores como o Adrien Silva, o Cédric Soares, o Salvador Agra, o próprio Nélson Oliveira, entre outros, são grandes valores mas têm que jogar e para isso só os clubes têm que apostar neles. Vamos ver no futuro...
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