domingo, dezembro 16, 2012

Aproximam-se decisões

Real Madrid e Cristiano Ronaldo perdem terreno para Barcelona e...Messi


Depois da derrota por 2-1 a meia da semana para a Taça do Rei frente ao Celta de Vigo, o Real Madrid voltou a desapontar ao conceder um empate a dois golos no Santiago Bernabéu diante do Espanyol. 
Os merengues entraram no jogo a dominar, mas foi a equipa catalã que se adiantou no marcador aos 31 minutos através de Sérgio Garcia. Cristiano Ronaldo empatou ainda antes do intervalo e no reatamento Coentrão, a passe de CR7, colocou os madridistas na frente do marcador. Contudo, aos 88 minutos, Juan Albín gelou o Bernabéu ao fixar o resultado final em 2-2. 
Com este resultado, a equipa de Mourinho está agora a 13 pontos do Barcelona e a polémica em torno da continuidade do treinador português à frente dos destinos blancos na próxima época agrava-se ainda mais. Para além dos últimos resultados menos positivos e do mais que presumível "adeus" ao título espanhol depois desta jornada, o Real Madrid não tem demonstrado o rendimento esperado equivalente ao seu valor e ao nível das suas aspirações. A falta de ideias, de concentração e a constante apatia, principalmente no sector recuado, que tem levado a que a equipa sofra demasiados golos, tem provocado vários dissabores.
Esta quebra de rendimento colectiva tem levado também à menor produtividade de Cristiano Ronaldo ou vice-versa. A verdade é que também o craque português sai afectado com o momento da equipa. A eleição para a Bola de Ouro 2012 está à porta e, se até aqui a luta com Messi parecia estar renhida, nas última semanas CR7 tem perdido terreno a passos largos para o argentino, não só a nível exibicional como também de golos. Além de ter batido o recorde de Gerd Müller, ao ultrapassar a marca dos 85 golos num ano civil, o astro blaugrana leva já mais 11(!) golos que Cristiano Ronaldo na Liga Espanhola e parece não querer parar por aqui. Exemplo disso são os últimos 6 golos em 3 jogos. 
Por outro lado, o tiki-taka parece estar mais afinado que nunca e não dá sinais de fraquejar. A goleada de hoje ao Atlético Madrid por 4-1, em Camp Nou, depois de entrar a perder, demonstrou isso mesmo. Só um milagre impedirá os catalães de voltarem a sagrar-se campeões de Espanha esta temporada. 
Assim sendo, é possível que os adeptos do futebol mundial, em geral, tenham assistido hoje a duas despedidas - a primeira do Real Madrid ao título espanhol e a segunda a de Cristiano Ronaldo à Bola de Ouro 2012. 

sábado, novembro 24, 2012

Vettel vs Alonso

Alemão e espanhol correm pelo título mundial


A cidade de São Paulo assistirá amanhã à prova que irá anunciar o grande campeão mundial de Fórmula 1. 
Sebastian Vettel, da Red Bull, e Fernando Alonso, da Ferrari discutem o título da temporada 2012 num ambiente bastante quente.
O alemão parte com a vantagem de 13 pontos e por isso surge como grande favorito a sair de Interlagos com o título. Já o espanhol necessita de uma conjugação de resultados para poder sagrar-se tricampeão e impedir assim o sucesso já anunciado de Vettel.
A luta é enorme e, por isso, cada um concorre com os seus argumentos. O piloto da Red Bull tem a favor não só a vantagem em termos de pontos, mas também outros factores. O seu predomínio na categoria onde apresenta 21 vitórias em 57 etapas, a possível contribuição do seu companheiro de equipa Mark Webber e a boa série de resultados com quatro vitórias nas últimas seis etapas do campeonato colocam-no numa posição muito favorável relativamente ao seu adversário.
Por seu lado, Fernando Alonso tem alguns aspectos a seu favor. Para além de ter sido em Interlagos que o piloto da Ferrari comemorou os momentos mais marcantes da sua carreira – 2005 e 2006 – a chuva que se prevê que cairá amanhã durante o GP do Brasil pode ajudar no rendimento do piloto da Ferrari. Por outro lado, a experiência, o apoio da sua equipa e o talento reconhecido, que já lhe permitiu realizar as tarefas mais difíceis, também não devem ser esquecidos num momento decisivo como este.
Assim sendo, as decisões da presente temporada da Fórmula 1 são amanhã conhecidas numa prova que está a gerar imensa expectativa.

Não é como começa, é como acaba!

Manchester United já conseguiu a reviravolta em 8 (!) jogos esta época


O ditado "não é como começa, mas sim como acaba" começa a ser o lema do Manchester United esta temporada. Com a recuperação no jogo deste fim de semana frente ao Queens Park Rangers, referente à 13ª jornada da Premier League, a equipa de Sir. Alex Ferguson soma já 8 (!) vitórias em jogos em que esteve em desvantagem.
Tudo começou logo na 2ªjornada. Em Old Trafford, o Fulham entrou a todo o gás e marcou logo aos 3 minutos através de Damien Duff. No entanto, a resposta dos da casa não poderia ter sido melhor e os golos de Van Persie, Kagawa e Rafael inverteram por completo o rumo dos acontecimentos. Vidic ainda colocou a bola na própria baliza, mas o resultado estava fixado em 3-2 e a primeira vitória no campeonato estava consumada.
Na jornada seguinte o Southampton também entrou melhor no jogo e até esteve a ganhar por 2-1, mas os dois golos de Van Persie aos 87' e 92 minutos deitaram por terras as aspirações da equipa da casa e ditaram uma grande reviravolta dos vice-campeões de Inglaterra.
Na jornada 5, em Anfield Road, o Liverpool adiantou-se no marcador aos 46 minutos por intermédio de Steven Gérrard, mas os red devils acabariam por vencer por 1-2 com golos de Rafael de Van Persie.
De regresso ao "Teatro dos Sonhos", na 8ª jornada, os diabos vermelhos tinham pela frente o Stoke City e a história voltou a repetir-se - má entrada na partida e golo do adversário. Wayne Rooney fez auto-golo logo aos 11 minutos e o Manchester United encontrava-se novamente em situação de desvantagem. No entanto, a resposta não demorou e o avançado inglês redimiu-se ao marcar aos 27' e aos 65 minutos. Também Van Persie e Danny Welbeck fizeram o gosto ao pé aos 45' e 46 minutos, respectivamente. Pelo meio, Michael Kightly ainda marcou o segundo dos visitantes à passagem da hora de jogo, mas a vitória por 4-2 acabou por sorrir ao Manchester United.
Na visita a Villa Park, na 11ª jornada, a tendência foi a mesma mas a recuperação foi ainda mais extraordinária. Em desvantagem por 2-0, Ferguson colocou em campo Chicharito aos 46 minutos e o mexicano acabou por se tornar na figura do jogo ao assinar um hat-trick que deixou os adeptos em êxtase. 
O mesmo aconteceu nos dois jogos frente ao SC Braga a contar para a fase de grupos Liga dos Campeões. Na primeira volta, em Old Trafford, os minhotos também estiveram a vencer por 0-2 com um bis de Alan, mas dois golos de Chicharito e um de Jonny Evans consolidaram uma grande recuperação. Na segunda volta, em Braga, o trio Chicharito, Van Persie e Wayne Rooney construíram mais uma vitória gloriosa ao assinarem um golo cada, depois dos minhotos terem inaugurado o marcador.
Com estes sete jogos épicos, o adversário deste fim-de-semana foi o Queens Park Rangers que, estando em vantagem por 0-1, encaixou três golos e tornou-se na oitava equipa a provar este "veneno" dos red devils nesta época.
Um aviso sério para as equipas que venham a defrontar o Manchester United nos próximos jogos: o jogo só termina quando o árbitro apitar! 




terça-feira, novembro 13, 2012

Os mais e os menos

Destaques da 9ª jornada da Liga Portuguesa




SPORTING - Finalmente o leão fez ouvir o seu rugido e conseguiu a tão desejada vitória cinco jornadas depois. Frente a um adversário directo, o SC Braga, a equipa de Franky Vercauteren entrou da melhor maneira chegando ao golo aos 4 minutos através de Van Wolfswinkel. Os bracarenses tiveram então que correr atrás do resultado mas o Sporting foi sempre superior na primeira parte. Na etapa complementar, a pressão minhota intensificou-se e apareceu um "Super" Rui Patrício que, com meia dúzia de defesas de grande nível, evitou o empate. Alan ainda acertou no poste e até marcou, mas Pedro Proença invalidou o golo por alegada falta de Éder sobre um defesa leonino. Uma vitória sofrida, mas que pode relançar o Sporting para o início de um novo ciclo.

NACIONAL - Com um início de campeonato complicado, os madeirenses ocupavam antes desta jornada o último posto da tabela classificativa somando apenas 5 pontos graças a 1 vitória e 2 empates. Dado o momento e o historial entre as duas equipas em jogos disputados na cidade berço, era pouco provável que a equipa de Manuel Machado conseguisse inverter a tendência e vencer o Vitória de Guimarães. A verdade é que, em 12 minutos, o Nacional recuperou da desvantagem e construiu a vitória há muito aguardada. Aos 54 minutos, Diego Barcellos igualou a partida, cinco minutos depois Mateus deu a volta ao resultado e, aos 66 minutos, Keita fixou a vitória em 1-3. Grande vitória, boa exibição e uma lufada de ar fresco para o Nacional.

LIMA e WILSON EDUARDO - Os dois avançados deixaram uma vez mais a sua marca no presente campeonato. Lima deu a vitória ao Benfica em Vila do Conde e somou o seu sexto golo na Liga Portuguesa - tantos como Cardozo e menos dois que Jackson Martínez. Já Wilson Eduardo, depois de bisar a meio da semana frente ao Atlético Madrid para a Liga Europa, assinou um grande golo no Estádio do Dragão. Apesar da derrota da Académica, o jovem emprestado pelo Sporting vai dando provas do seu enorme potencial.



PEDRO PROENÇA - É neste momento um dos melhores árbitros portugueses, com provas dadas bem recentemente a nível internacional. Contudo, internamente continua a cometer erros graves, com influencia no resultado e que costumam gerar grande polémica. Desta vez, foi em Alvalade ao invalidar um golo aparentemente limpo a Alan. A indicação do juíz de Lisboa foi que Éder teria cometido falta sobre um defesa leonino, mas nas imagens é possível verificar que o golo foi claramente regular. Um equívoco que custou dois pontos ao SC Braga e que já provocou uma calorosa onda de críticas.

MARÍTIMO - Com o empate em casa frente ao Vitória de Setúbal, os insulares levam já três jornadas sem vencer, a juntar aos dois empates e duas derrotas na Liga Europa. Um momento menos bom da equipa de Pedro Martins que na próxima jornada se desloca à Mata Real para defrontar o 4º classificado Paços de Ferreira.

HELTON - Não é muito habitual ver o guardião portista cometer erros mas, neste fim de semana, uma falta de concentração levou a uma abordagem menos feliz a um remate de Wilson Eduardo que deu o golo da Académica. Helton pediu desde logo desculpas aos colegas, o FC Porto venceu, mas dada a invulgaridade do momento, é algo de assinalar.






sábado, outubro 27, 2012

Jornada de loucos

Benfica desilude, Braga ainda sonhou e FC Porto imbatível



A jornada europeia para as equipas portuguesas começou da pior forma com um saldo de uma vitória e duas derrotas.
Em Moscovo, o Benfica foi o primeiro representante luso a entrar em campo e a temperatura que se registava na Rússia parece mesmo ter gelado os encarnados que entraram de forma desastrosa na partida. Logo no primeiro minuto o Spartak dispôs de uma soberana ocasião de golo, mas Artur evitou a alteração no marcador. O susto não acordou a equipa e, dois minutos depois, Matic perdeu a bola de forma infantil no meio-campo, Bilyaletdinov conduziu o contra-ataque pela direita e ofereceu o golo a Rafael Carioca que, na cara do guardião brasileiro não falhou.
Mesmo em desvantagem, o Benfica nunca conseguiu reagir e impor o seu jogo. Só aos 32 minutos, na sequência de um cruzamento da direita de Salvio, Lima conseguiu antecipar-se à defensiva russa e, ao primeiro poste, cabeceou para o fundo da baliza de Artem Rebrov.
No entanto, esta não era claramente a noite dos encarnados uma vez que, ainda antes do intervalo, o Spartak voltou novamente para a frente do marcador. Ao tentar interceptar um cruzamento do lado direito do ataque moscovita, Jardel introduziu a bola na própria baliza.
A segunda parte não trouxe grandes mudanças, o Benfica nunca conseguiu criar oportunidades de golo flagrantes e até podia ter saído da Rússia com mais um ou dois golos encaixados. Com esta derrota, a equipa de Jorge Jesus está "obrigada" a vencer os dois jogos em casa e a esperar que não haja surpresas nas restantes partidas se quiser seguir em frente nesta edição da Champions.

Em Old Trafford, o "grande" SC Braga visitou o gigante Manchester United e não podia ter entrado melhor. Destemida, consistente e corajosa a equipa de José Peseiro encarou olhos nos olhos os red devils e chegou mesmo à vantagem aos 2 minutos por intermédio de Alan. Uma entrada de sonho que moralizou a equipa e aumentou ainda mais os níveis de confiança, tanto que à passagem dos 20 minutos, Éder teve um lance de génio pela esquerda, fez uma maldade a Carrick e cruzou rasteiro para o capitão que, de primeira, aproveitou para bisar.
Com grande organização, consistência defensiva e qualidade nos processos ofensivos, o SC Braga controlava por inteiro a partida e causava uma das maiores surpresas da noite europeia. No entanto, cinco minutos depois, o United reduziu por Chicharito que correspondeu da melhor maneira a um cruzamento do lado esquerdo de Kagawa.
Com este golo os comandados de Sir. Alex Ferguson equilibraram o jogo, aceleraram os processos e conseguiram chegar com mais perigo junto da baliza de Beto. Esta mudança de tendência acentuou-se ainda mais na segunda parte com os ingleses a imporem um ritmo bastante elevado e a exercerem grande pressão sobre a equipa minhota. Aos 62 minutos, a estratégia deu mesmo frutos e o Manchester United conseguiu igualar o marcador através de Evans que, no meio da confusão dentro da área, conseguiu empurrar a bola para a baliza. A reviravolta ficou consumada quando faltava jogar apenas o último quarto de hora com Chicharito a bisar e a acabar com as esperanças dos Guerreiros do Minho.

No Estádio do Dragão o campeão nacional FC Porto teve que se impor para levar de vencido o Dínamo de Kiev. Contudo, os azuis e brancos até entraram melhor e, aos 15 minutos, Lucho combinou com Jackson, fugiu pela direita de onde cruzou para Varela inaugurar o marcador com um petardo que só parou no fundo das redes de Shovkovski.
No entanto a vantagem portista durou apenas seis minutos pois, na sequência de um canto cobrado do lado direito por Miguel Veloso, Gusev cabeceou para o golo da igualdade.
O FC Porto não ficou afectado com o golo sofrido e continuou a dominar e a marcar o ritmo do jogo até passar novamente para a frente do marcador. Aos 32 minutos, um passe de mestre de James isolou Jackson que não tremeu e fez o 2-1.
Na segunda parte os ucranianos entraram decididos a chegar ao empate e só Hélton o foi adiando com três defesas de grande nível. A excepção aconteceu aos 72 minutos. Yarmolenko isolou Ideye que, depois de fugir a Maicon, fuzilou o guarda-redes brasileiro.
Após estar em vantagem por duas vezes e conceder o empate em ambas, a equipa de Vítor Pereira voltou a reagir da melhor maneira e conseguiu chegar à vitória através de Jackson Martínez. Ao corresponder a um passe de Lucho da direita, o colombiano bisou e deu os três pontos e o primeiro lugar do grupo aos dragões.

Com estes resultados, o FC Porto é primeiro classificado do grupo A com 9 pontos, o Benfica está no último lugar do grupo G com apenas um ponto, enquanto o SC Braga ocupa o terceiro posto do grupo H. Na próxima jornada os dragões deslocam-se a Kiev, os encarnados recebem o Spartak de Moscovo e os bracarenses jogam em casa com o Manchester United.

sábado, outubro 20, 2012

E o próximo será...




Mergulhado numa profunda crise económica e desportiva, o Sporting procura recuperar a estabilidade e voltar aos melhores resultados.
Depois da saída de Sá Pinto do comando técnico, o presidente Godinho Lopes decidiu dar um voto de confiança a Oceano e entregou-lhe a responsabilidade de liderar a equipa até que fosse encontrado um novo treinador.
Nos últimos dias as negociações não têm conhecido desenvolvimentos e, apesar de terem já sido apontados vários nomes como Co Adriaanse, Ernesto Valverde, Luiz Filipe Scolari e Luís Henrique, ainda não saiu fumo branco do conclave leonino.
No entanto, o perfil do novo treinador está há muito traçado. O conhecimento do futebol português, o espírito de liderança e uma carreira marcada por conquistas são algumas das principais características que a direcção sportinguista procura no novo técnico.
Contudo, a questão central neste momento é: qual o treinador que, tendo estas credenciais, está disposto a arriscar a sua carreira por um desafio como este?
Numa primeira análise, até pode parecer um exagero, mas a realidade é mesmo esta. O Sporting atravessa talvez a maior crise da sua história. Para além dos problemas financeiros que são de conhecimento público, a equipa de Alvalade tem sido nos últimos anos, como afirmou o próprio Godinho Lopes, um autêntico “viveiro de treinadores queimados”. Após a saída de Paulo Bento no início da época 2009/2010, já passaram por Alvalade cinco treinadores – Carlos Carvalhal, Paulo Sérgio, José Couceiro, Domingos Paciência, Sá Pinto – e nenhum teve sucesso, acabando por não resistir aos maus resultados.
Deste modo, o Sporting constitui actualmente um desafio de risco para qualquer treinador, sendo por isso normal as dificuldades com que os dirigentes se têm deparado na procura de alguém que possua os atributos exigidos e a coragem para assumir esta grande responsabilidade, sabendo da enorme pressão a que estará sujeito.
Assim, a verdade é que, seja qual for o treinador que aceite comandar os destinos verde e brancos neste momento, não lhe são esperadas facilidades. Talvez o barco leonino tenha menos probabilidades de afundar num Oceano já conhecido. 

terça-feira, outubro 02, 2012

Choque de titãs

Benfica recebe Barcelona e Braga visita o Galatasaray




O Benfica recebe hoje o Barcelona no Estádio da Luz num jogo a contar para 2ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Sem poder contar com Luisão, que se encontra castigado, e com Cardozo, ainda a contas com problemas físicos, Jorge Jesus deu a oportunidade ao jovem da equipa B André Gomes para entrar na convocatória, bem como a Aimar que recuperou da lesão que o impediu de dar o contributo à equipa nas últimas partidas.
Depois do empate no Celtic Park, os encarnados defrontam agora o conjunto de Tito Vilanova que promete causar muitas dificuldades. No entanto, o treinador das águias já alertou para a necessidade de "correr atrás da bola", lembrando que "pontuar com o favorito é positivo".
Do lado dos catalães, o destaque vai para os regressos de Iniesta, Puyol e Adriano que falharam por lesão a deslocação do último sábado a Sevilha no jogo da 6ª jornada do campeonato espanhol. Fora das contas do treinador blaugrana estão Piqué, que continua lesionado, e Thiago Alcântara, que contraiu uma lesão joelho esquerdo no jogo do passado fim-de-semana.
A última visita do Barcelona ao ninho da águia aconteceu na época 2005/2006 e o resultado final foi de 0-0.
Também o SC Braga entra hoje em campo na Turquia onde irá medir forças com o Galatasaray. Na antevisão da partida, José Peseiro confessou que um empate fora "não seria um mau resultado", deixando o aviso de que para o conseguir é preciso a equipa "estar em grande nível". A convocatória minhota conta com os regressos de Salino, Ismaily e Zé Luís, ao passo que Élderson - que foi titular na vitória frente ao Vitória de Guimarães - não entra nas contas de Peseiro. Carlão, que ainda se encontra lesionado, é baixa certa.
Preocupado com as possíveis ausências de Hamit Altintop, antigo médio do Real Madrid, e do avançado Elmander, que sofreu uma intoxicação alimentar, o treinado Fatih Terim teceu rasgados elogios à equipa bracarense afirmando que se trata de "uma das melhores equipas da Europa".
O treinador que, em 1999/2000, conduziu o Galatasaray à conquista da Taça UEFA (actual Liga Europa), avisou que, para vencer o jogo, é necessário ser "paciente", apelando ao apoio dos adeptos que considera ser essencial.
Na 1ª jornada desta fase de grupos, o SC Braga foi derrotado em casa pelo Cluj, enquanto os turcos venderam cara a derrota em Old Trafford.


quinta-feira, setembro 20, 2012

Jornada difícil para equipas portuguesas




As equipas portuguesas presentes na Liga dos Campeões não tiveram vida fácil nesta primeira jornada. Uma vitória, um empate e uma derrota foram os resultados de FC Porto, Benfica e SC Braga.
O FC Porto foi a primeira equipa a entrar em campo. Em Zagreb, os azuis e brancos dominaram a partida desde o início, enquanto o Dínamo apostava no contra-ataque. Esse domínio reflectiu-se no golo alcançado aos 41 minutos através do mais recente capitão Lucho. O médio, que horas antes tinha recebido a triste notícia do falecimento do seu pai, optou por jogar e marcou mesmo na recarga ao cruzamento de Alex Sandro que o guarda-redes Kelava defendeu para a frente. Na segunda parte, a tendência de jogo permaneceu inalterada, o FC Porto continuou a dominar e a pautar o ritmo de jogo, chegando ao 0-2 já em cima da hora através de Defour.
Consciente que a história não estava do seu lado, o Benfica entrou no Celtic Park sem Luisão e sem Maxi Pereira, ambos castigados. Os encarnados iniciaram o jogo algo nervosos e foi o Celtic a comandar as ocorrências. A primeira parte ficou marcada por muita luta a meio campo, muitas perdas de bola e muitas faltas cometidas, pelo que as oportunidades de golo foram escassas. No entanto, aos 31 minutos, Rodrigo surgiu na cara do guarda-redes Forster, foi derrubado e ficou a pedir penalti, mas o árbitro Nicola Rizzoli nada assinalou. Depois do intervalo, e já com Cardozo e Bruno César em campo, o Benfica soltou-se mais e conseguiu chegar com algum perigo junto da baliza escocesa mas o resultado não se alterou. Manteve-se a maldição de Glasgow!
Por seu lado, o SC Braga recebeu os romenos do Cluj com imensa expectativa por parte dos seus adeptos. Com Manchester United e Galatasaray a completarem o grupo, os minhotos tinham quase a obrigação de vencer para alimentar esperanças de chegar aos oitavos-de-final e até entraram melhor no jogo, mas foi num contra-ataque rapidíssimo conduzido pelo nosso conhecido Sougou, que o Cluj chegou à vantagem através de Rafael Bastos, precisamente um ex-jogador do SC Braga. Contudo, a equipa de José Peseiro respondeu da melhor maneira e podia ter chegado ao empate por duas vezes, primeiro por Mossoró e depois por Hugo Viana. Duas oportunidades falhadas que custaram caro pois, aos 34 minutos, Rafael Bastos bisou numa jogada em que ultrapassou vários adversários pelo corredor esquerdo antes de fuzilar Beto. Na segunda parte, o SC Braga tudo fez para chegar ao golo, beneficiou de mais três boas ocasiões para marcar, mas o guarda-redes Mário Felgueira rubricou um leque de grandes defesas que mantiveram o resultado até ao apito final.
Com estes resultados, o FC Porto subiu ao primeiro lugar do grupo A juntamente com o PSG, o Benfica ocupa o segundo lugar do grupo G a par do Celtic e o SC Braga é o último classificado do grupo H com 0 pontos, os mesmos do Galatasaray.
Na próxima jornada o FC Porto recebe o PSG, o Benfica defronta o Barcelona na Luz e o SC Braga desloca-se à Turquia para defrontar o Galatasaray.

terça-feira, setembro 18, 2012

"Hart", engenho e golo de Ronaldo na vitória do Real


Jogo de loucos no Bernabéu 


Depois de ter afirmado que “não tinha equipa”, José Mourinho preparou uma remodelação no onze para o confronto da 1ª Jornada da Liga dos Campeões frente ao Manchester City. Deixou Sérgio Ramos no banco, lançando o jovem Varane no centro da defesa e apostou em Essien para formar o triângulo do meio campo com Khedira e Xabi Alonso com o intuito de travar o poderio ofensivo dos citizens.
A mensagem no balneário parece ter passado e o Real Madrid entrou em campo totalmente transformado daquele que se apresentou no fim-de-semana em Sevilha. Muito pressionante, com muita assertividade no momento do passe, muita confiança na elaboração de jogadas ofensivas e sempre com uma agressividade na procura da bola que impediu que o City criasse perigo.
Cristiano Ronaldo entrou a todo o gás e iniciou um duelo interessante com Joe Hart que se prolongaria durante toda a partida. Foram várias as vezes em que o português tentou chegar ao golo através de potentes remates de fora da área, mas o guardião inglês estava em noite inspirada.
Também Higuaín e Khedira tiveram a oportunidade de inaugurar o marcador mas ambos não conseguiram desfeitear Hart.
A segunda parte começou da mesma maneira que acabou a primeira. Maior iniciativa do Real, enquanto o City demonstrava grande consistência e equilíbrio a defender.
Mancini foi o primeiro a arriscar e lançou no jogo Dzeko para o lugar de David Silva. Mourinho respondeu logo a seguir e substituiu Essien por Özil mas foi o City a chegar primeiro ao golo. Yaya Touré libertou-se de três adversários e serviu Dzeko que, na cara de Casillas, fez o 0-1.
Em desvantagem, Mourinho arriscou tudo e fez entrar Módric e Benzema de uma assentada. Os merengues voltaram à carga, mas Touré até poderia ter feito o segundo. A bola passou ao lado e no minuto seguinte Marcelo empatou. Depois de duas tentativas de pé esquerdo, o lateral brasileiro puxou dos galões e de pé direito colocou o Real de novo na luta pela vitória.
Aos 86 minutos, na cobrança de um livre lateral, Kolarov marcou o segundo para os ingleses e silenciou o Bernabéu.
Mas as surpresas ainda só iam a meio! Dois minutos depois, Benzema restabeleceu o empate num remate à meia volta e devolveu a esperança aos adeptos.
Já no último minuto, e no seu décimo remate à baliza de Joe Hart, Ronaldo deu a vitória ao Real Madrid e fez José Mourinho saltar do banco e demonstrar toda a sua euforia de joelhos no relvado.
Um jogo de loucos que recuperou a alegria de Ronaldo e a “equipa” de Mourinho!

segunda-feira, setembro 17, 2012

Primeiro teste milionário


Dragões e Águias apresentam-se pela primeira vez sem Hulk e Witsel


Depois dos compromissos das Selecções, FC Porto e Benfica regressam à competição e, mais propriamente, à Liga dos Campeões, onde discutem os primeiros pontos da época na fase de grupos.
Os azuis e brancos estreiam-se este ano na maior competição de clubes da Europa numa visita a Zegreb para defrontar o Dínamo, enquanto as águias se deslocam à Escócia para medir forças com o Celtic de Glasgow.
Apesar de se tratarem de jogos da Champions, a maior curiosidade em ambas as partidas será certamente descobrir como as duas equipas vão entrar em campo depois das saídas de duas pedras fundamentais – Hulk no FC Porto e Witsel no Benfica.
Sem o Incrível, o FC Porto terá seguramente menos capacidade explosiva, menos potência e menos velocidade. Perdeu-se o jogador que resolvia quando o colectivo não funcionava e, por isso, Vítor Pereira terá que arranjar uma solução no plantel, uma vez que não é possível ir ao mercado. James parece ser o seu natural substituto e até já recebeu o aval do próprio Hulk que assegurou que o jovem colombiano o fará esquecer no seio dos adeptos.  
Assim, frente ao Dínamo de Zagreb, o FC Porto apresentará uma frente de ataque inédita composta por Varela na direita, James na esquerda e Jackson Martínez na frente.
Do lado do Benfica, a saída de Witsel para o Zenit parece ter criado mais problemas. Depois de Javi Garcia ter rumado ao Manchester City dois dias antes, Jorge Jesus viu partir um dos seus mais influentes jogadores. Witsel era o chamado box-to-box no Benfica, o pronto-socorro que defendia bem, atacava bem, ocupava os espaços, marcava golos e até substituía Maxi Pereira no lado direito da defesa quando o uruguaio estava impedido de dar o seu contributo.
Com a sua saída e com a escassez de médios centro no plantel, o treinador encarnado vê-se obrigado a moldar a equipa a outros princípios de jogo e, possivelmente, a outro sistema táctico. Carlos Martins, Aimar e Bruno César são as alternativas possíveis.
Antevê-se assim uma prova de fogo para FC Porto e Benfica que servirá para avaliar a capacidade de adaptação às circunstâncias de Vítor Pereira e Jorge Jesus. 



quinta-feira, setembro 06, 2012

Mónica Mendes - a heroína nacional


«Foi um sentimento único, sensacional, indescritível, inexplicável, fenomenal e histórico» - Mónica Mendes


Mónica Mendes é jogadora da Selecção Nacional de Futebol Feminino e foi a autora do golo à Bélgica que apurou Portugal para a primeira fase final de um Campeonato da Europa de Futebol Feminino que se realizou em Julho, na Turquia. 
Em entrevista exclusiva, dá-nos a conhecer alguns pormenores da sua carreira, o que sentiu no momento em que viu a bola entrar no jogo com a Bélgica e as emoções que viveu ao representar Portugal num Campeonato da Europa.



Fábio Aguiar: Como nasceu a tua paixão pelo futebol?
Mónica Mendes: Desde pequenina sempre acompanhei o meu pai para tudo. Ele foi guarda-redes durante 20 anos e agora ensina futebol em escolas e colégios como modalidade extracurricular. Eu como acompanhava o meu pai para todo o lado, comecei a ir para as aulas dele desde os meus 3 anos. Foi aí que tudo começou.

FA: Quando decidiste envergar por este caminho, como foi a reacção da tua família?
MM: A minha família é toda ligada ao desporto, portanto respira-se desporto na minha casa. Eu sempre fiz muito desporto e cheguei mesmo a competir por dois desportos ao mesmo tempo desde muito cedo até ao ano passado. A reação da minha família foi normal, apoiaram-me desde início, porque eu no fundo estou a fazer algo que gosto, que me faz feliz e que me realiza como pessoa e como atleta.

FA:Depois de duas épocas ao serviço do 1º Dezembro, como surgiu a oportunidade de representar os Scorpions (UTB - University of Texas at Brownsville)?
MM: Apesar de eu fazer muito desporto desde pequenina, como referi anteriormente, nunca meti a escola de lado e apesar do pouco tempo que tinha para estudar, sempre dei o meu máximo para obter o melhor rendimento escolar. Esta oportunidade surgiu porque o treinador da minha Universidade estava a precisar de jogadoras e entrou em contacto comigo, através da Profª Mónica Jorge, e sendo eu uma atleta internacional, uma vez que jogava pela Seleção Nacional Portuguesa Sub-19, e ao mesmo tempo uma estudante que estava acabar o secundário, com boas notas, ofereceram-me uma bolsa de estudo de atleta-estudante, o que me proporciona conciliar os meus estudos e jogar futebol num nível superior em relação a Portugal, pois as condições que oferecem são diferentes. 

FA: Como descreves esses momentos vividos nos EUA?
MM: Uma aventura muito positiva, onde estou aprender bastante tanto na parte pessoal como na parte futebolística.

FA: Estás a iniciar outra nova aventura nos EUA. Que expectativas tens para esta nova etapa no DC United?
MM: Quanto ao DC United Women é uma competição aparte, ou seja, é um clube que está inserido no campeonato semi- professional (W-League) e sub-20 (W- League USL) dos EUA durante três meses (Maio, Junho e Julho). Como tal, esta foi a minha primeira experiência num campeonato deste nível e a treinar com jogadoras de top mundial, visto que uma das minhas colegas pertence à Seleção principal dos  EUA (esteve agora a disputar os Jogos Olímpicos onde se sagrou Campeã Olímpica) entre outras que são presença assídua nos diversos escalões. Apesar de treinar com as duas equipas acabei por ser titular e jogar todos os jogos, em que estive presente, pelas sub-20. Fizemos um grande campeonato visto que ganhámos a conferência e apurá-mo-nos para as finais dos EUA onde em quatro dias tivemos quatro jogos de grande intensidade debaixo de uma temperatura que quase estorricava. Conseguimos chegar à final e sagrá-mo-nos Vice Campeãs dos EUA em Sub-20, o que é algo muito difícil visto que há centenas de equipas e estamos a falar de um país com 52 estados (só para termos noção do quanto difícil é chegar à fase final). Resumindo, estes três meses foram simplesmente memoráveis e não podia pedir mais…fomos fantásticas!


FA: Representar a Selecção Nacional sempre foi o teu grande sonho?
MM: Sim! Representar a Seleção Nacional sempre foi o meu grande sonho. Eu sou uma pessoa que amo literalmente o meu País. Desde sempre fui uma pessoa muito patriota e nacionalista e por isso ter a oportunidade de representar a Seleção Nacional foi algo que sempre ambicionei para a minha vida desportiva.

 FF: Qual a tua primeira internacionalização?
 MM: A minha primeira chamada à Seleção foi em Agosto de 2008. No entanto, não tinha idade para participar no 1º torneiro de apuramento para o Campeonato da Europa e por isso a minha primeira internacionalização foi no dia 7 de Abril de 2009 frente à Bélgica nos jogos de preparação para o 2º mini torneio de apuramento para o Campeonato da Europa 2009.

FA: O golo marcado à Bélgica que apurou Portugal para o Europeu Feminino de Sub-19 foi, certamente, um momento marcante na tua carreira. O que sentiste nos momentos seguintes a esse grande feito?
MM: Este foi sem dúvida um dos momentos mais marcantes na minha ainda jovem carreira desportiva e será para sempre um momento de pura felicidade quando se falar da história do futebol feminino português. Considero um golo de equipa e não individual e por isso o que senti foi euforia total. Desde que marquei o golo até voltar para os EUA (quatro dias depois), senti algo que nunca tinha sentido… não conseguia respirar bem e chorava de tremenda euforia, arrepiava-me ao ler as notícias, não conseguia ver fotos ou vídeos porque desatava a chorar de enorme felicidade e o meu coração batia como nunca! Foi um sentimento único, sensacional, indescritível, inexplicável, fenomenal e histórico. Foi um feito que jamais esqueceremos e não há palavras para descrever o que aconteceu naquele dia na Figueira da Foz!


FA: Representar o seu país num Campeonato da Europa é o sonho de qualquer jogadora ou qualquer atleta. Que emoções tiveste ao ouvir o hino nacional no primeiro jogo na Turquia?
MM: Este dia não foi só o primeiro jogo do Europeu, mas sim o primeiro jogo de uma Seleção Portuguesa Feminina numa fase final de um Campeonato da Europa e nós estávamos lá. Já por si era um momento especial e marcante nas nossas vidas e quando ouvi o hino foi mais um momento de tremenda alegria onde não consegui conter a minha emoção. Por mais que tente dizer o que senti naquele momento, não há palavras para descrever.

 FA: Qual o melhor momento da tua carreira?
MM: O melhor momento da minha carreira como futebolista, até ao momento, foi sem dúvida termos conseguido apurar-nos e ter representado Portugal ao mais alto nível numa fase final do Campeonato da Europa 2012 na Turquia.


FA: Em Portugal, o futebol feminino ainda passa um pouco despercebido e não há muita divulgação por parte dos media. Na tua opinião, o que é necessário fazer para alterar este panorama?
MM: Eu acho que primeiro do que tudo temos que tentar mudar a mentalidade da nossa sociedade, mas como é lógico é um longo processo e que ainda vai demorar. No entanto, este factor está relativamente melhor em comparação à cinco ou dez anos atrás. Penso que o facto de termos feito um grande Europeu e de termos chegado à semi-final (contra todos os que diziam que íamos levar cabazadas e voltar logo a dia 9 para casa) e o jogo ter passado na televisão deu outra imagem e as pessoas (mesmo aquelas que nunca nos apoiavam ou nem sequer sabiam da nossa existência) conseguiram apreciar e valorizar o nosso talento gostando da maneira como jogamos futebol. Penso que ganhámos muito mais adeptos no futebol feminino português! Também acho que a Federação Portuguesa de Futebol está a fazer um óptimo trabalho no que toca a promoção do Futebol Feminino Português. Em termos de media, o jornal “a Bola” deu uma enorme ajuda visto que já temos direito à “nossa” página no jornal o que ajuda ainda mais na divulgação. Se tivesse que ter uma ideia para alterar este panorama imediatamente tentaria apostar na televisão porque a partir do momento que há televisão, vão aparecer patrocinadores originando maior movimento de outros clubes (e quem sabe os grandes de Portugal), suportando mais os que existem, sendo também uma forma de chegar mais perto da nossa sociedade e ajudar na maneira como esta olha para o futebol feminino em Portugal.

FA: Neste momento, qual é o teu maior sonho?
MM: O meu maior sonho é continuar o meu caminho sempre com a paixão que tenho pelo futebol e com a alegria de sempre. Tenho objetivos na minha vida e é por eles que trabalho e tento superar-me diariamente. Acima de tudo, sonho em ser feliz a fazer o que mais gosto! Se assim for muito outros sonhos poderão aparecer num futuro próximo.

domingo, agosto 19, 2012

Arranque prometedor de encarnados e arsenalistas

Primeiro jogo grande da época acaba empatado a dois


Benfica e Braga empataram esta noite no Estádio da Luz a duas bolas num jogo marcado pela exibição desinspirada de Melgarejo. O jovem paraguaio adaptado por Jorge Jesus à posição de lateral esquerdo voltou a mostrar muitas debilidades em termos defensivos e terminou o encontro com dois erros fatais que ditaram dois golos dos bracarenses.
O treinador encarnado optou pelo factor surpresa apresentando dois avançados, Cardozo e Rodrigo, mas foi equipa de José Peseiro que entrou melhor na partida e conseguiu criar muitas dificuldades ao meio campo encarnado. Witsel jogou mais perto de Javi Garcia, deixando as faixas laterais a cargo de Salvio e de Bruno César. 
Na primeira parte o jogo foi bem disputado e ambas as equipas demonstraram total entrega. O Benfica teve mais posse de bola, mas o Braga conseguiu ocupar bem os espaços e atacou sempre de forma inteligente sem descobrir o seu sector defensivo.
Depois do intervalo as águias entraram melhor e adiantaram-se logo aos 49 minutos por intermédio de Salvio. O argentino estreou-se da melhor maneira e aproveitou bem um cruzamento de Rodrigo do lado esquerdo a que Cardozo não conseguiu corresponder.
Apesar da supremacia do Benfica neste período, foram os minhotos que empataram quatro minutos depois. Ismaily cruzou na esquerda e Melgarejo, na tentativa de cabecear para fora, introduziu a bola na própria baliza. 
Aos 63 minutos, o paraguaio voltou a estar em evidência pelos piores motivos. Ao tentar aliviar a bola de modo a evitar o canto, o ex-Paços de Ferreira colocou a bola nos pés de Alan, este cruzou para o coração da área onde Mossoró encostou para o 1-2, depois de deitar Artur. Mais um lance infeliz do camisola 25 que demonstrou ainda a falta de rotinas nesta nova posição.
Dez minutos depois a equipa da Luz chegou ao empate. Custódio cortou a bola com a mão dentro da área arsenalista depois de um cabeceamento de Luisão, o árbitro Artur Soares Dias equivocou-se e mostrou o segundo amarelo a Douglão. Na conversão do castigo máximo Cardozo fez o empate.
Até ao final do encontro o Benfica ainda tentou chegar à vitória mas nunca criou grande perigo junto da baliza de Beto. 
Os encarnados não vencem na 1ª jornada há oito anos consecutivos.

sábado, agosto 11, 2012

Golo de Jackson dá a 19ª Supertaça ao FC Porto


Colombiano marca na estreia aos 90 minutos


Na disputa do primeiro troféu da época 2012/2013 o FC Porto venceu a Académica por 1-0 e arrecadou a sua 19ª Supertaça na sua história.
Numa primeira parte de maior domínio dos azuis e brancos, o primeiro sinal de perigo surgiu aos 19 minutos. Um grande passe de Lucho desmarcou Miguel Lopes no lado direito, o internacional português cruzou atrasado e só a má recepção de James impediu que o primeiro golo do jogo. Remate à figura de Ricardo.
Aos 26 minutos, o FC Porto esteve mais uma vez perto de inaugurar o marcador. Maicon cobrou um livre directo, Ricardo defendeu para a frente e na recarga nem Atsu, primeiro, e Otamendi, a seguir, conseguiram empurrar a bola para a baliza.
Por seu lado, a Académica sentia muitas dificuldades em chegar à frente com perigo. O primeiro lance em que os estudantes estiveram próximos do golo chegou aos 38 minutos através de Hélder Cabral que, na cobrança de um livre directo, fez a bola bater na malha lateral da baliza de Hélton.
Em cima do intervalo, Mangala correspondeu a um canto de James e, antecipando-se a Ricardo e Makelele, cabeceou ao lado.
Na segunda parte, Vítor Pereira fez entrar Moutinho para o lugar de Defour aos 57 minutos e o FC Porto ganhou outra dinâmica. Aos 66 minutos, em mais um canto marcado por James do lado direito, a bola sobrou para Otamendi que, de bicicleta, rematou para uma grande intervenção de Ricardo. Uma defesa por instinto do guardião português que evitou o primeiro golo do encontro.
A partir dos 70 minutos a Académica equilibrou o jogo e até chegou com algum perigo junto da baliza de Hélton, mas sem resultados práticos.
Já em cima da hora, Miguel Lopes – um dos jogadores do FC Porto em mais evidência nesta final – cruzou do lado direito e Jackson Martínez, entre os centrais academistas, cabeceou para o fundo da baliza de Ricardo. Estreia em cheio para o ponta-de-lança colombiano que deu a vitória aos campeões nacionais.
No final do jogo, ambos os treinadores consideraram justa a vitória dos dragões. Para além de elogiar a entrega e o espírito de sacrifício dos seus comandados, Pedro Emanuel deu ainda os parabéns aos jogadores do FC Porto, lamentando o golo sofrido já quando “todos esperavam pelo prolongamento”.

sexta-feira, agosto 03, 2012

Brasil dá espectáculo nos Jogos Olímpicos de Londres

Hulk, Neymar e companhia venceram a Nova Zelândia por 3-0 e já estão nos quartos-de-final


Terminada a fase de grupos do torneio de Futebol Masculino dos Jogos Olímpicos 2012, que ditou o afastamento da Espanha, o Brasil apresenta-se como o principal favorito à vitória final.
Depois de duas vitórias com um grau de dificuldade mais elevado, a canarinha venceu a Nova Zelândia por 3-0, somando 9 pontos em três jogos. Com esta vitória, a equipa de Mano Menezes assumiu o primeiro lugar do grupo.
Mesmo sem jogar no limite das suas capacidades, a selecção brasileira entrou a dominar por completo a partida e conseguiu marcar os ritmos de jogo.
Aproveitando as fragilidades da equipa adversária, o Brasil começou por dar espectáculo e a dupla Marcelo/Neymar fez delirar o público presente no St. James Park com vários números artísticos.
Sem grande problemas, o Brasil chegou ao golo aos 22 minutos por intermédio do portista Danilo que, depois de uma tabela com Leandro Damião, surgiu isolado na cara do guarda-redes O'Keeffe e inaugurou o marcador.
Seis minutos depois, foi a dupla do corredor esquerdo a fabricar o segundo. Marcelo, em mais uma habilidade, tocou para o outro portista Alex Sandro, este entrou na área e ofereceu o golo a Leandro Damião. 
Nesta altura era perceptível que, sempre que o Brasil acelerava, a Nova Zelândia sentia ainda mais dificuldades.
Já na segunda parte, aos 51 minutos, a canarinha chegou ao 3-0 em mais um lance demonstrativo das fragilidades neozelandesas. Livre muito bem cobrado por Marcelo do lado esquerdo, Leandro Damião falha a emenda ao primeiro poste, Lucas também não chega no coração da área e é Sandro que surge ao segundo poste a encostar para o terceiro golo. Muito passividade da defensiva da Nova Zelândia e o Brasil aproveitou.
Até ao final, Alex Sandro foi expulso por acumulação de amarelos e Neymar e companhia ainda exibiram mais alguns pormenores deliciosos que fizeram as delícias do público, mas o resultado não se alterou.
O Brasil tem agora pela frente nos quartos-de-final a selecção das Honduras, que recentemente venceu a Espanha. Espera-se um jogo mais complicado para os comandados de Mano Menezes rumo à conquista do ouro olímpico.

quinta-feira, julho 26, 2012

Mais duas pérolas que despontam no Olival


Kelvin e Atsu dão nas vistas e lutam por um lugar na equipa principal dos dragões


A pré-temporada 2012/2013 está já na recta final e, como tal, e os clubes começam a realizar os habituais ajustes em torno dos 24 ou 25 jogadores que constituem os seus plantéis.
Entre saídas e entradas, existem sempre jogadores que, dadas as escassas oportunidades que têm ao longo da época, aproveitam estes momentos para se mostrarem e darem nas vistas. É o que tem acontecido este ano no FC Porto.
Depois de Ivanildo, Vieirinha, Candeias, Bruno Gama, Hélder Barbosa, Ukra e Diogo Viana, eis que despontam no Olival mais dois jovens extremos de grande qualidade - Kelvin e Atsu.
Dotados de um recorte técnico bastante refinado, conjugado com uma grande velocidade de execução, estes dois jovens, que na última época estiveram emprestados ao Rio Ave, estão a protagonizar as duas maiores surpresas da pré-época azul e branca. Depois de alguns bons apontamentos em jogos anteriores, na partida de ontem frente ao Santa Clara ambos puseram em campo todo o seu talento e construíram a vitória portista. Com pormenores técnicos deliciosos, mudanças de velocidade a baralhar os defesas e grande eficácia no um para um, Kelvin terminou o jogo com duas assistências (uma delas para Atsu), enquanto o seu companheiro do lado oposto contribuiu com um golo e uma grande exibição.
Se para muitos a sua qualidade já não é novidade, para outros estas últimas prestações têm vindo a alimentar a questão em torno da sua inclusão na equipa principal para a próxima temporada.
No entanto, dada a qualidade do plantel portista, o mais provável é que ambos voltem a rodar noutra equipa de forma a poderem jogar com regularidade.
Ora, depois do já referido leque de extremos da “cantera” em que o FC Porto não apostou, prevê-se que, mesmo mostrando qualidade suficiente para se manterem no plantel, ambos entrem nesta esfera de empréstimos até serem cedidos a título definitivo a equipas menores e por verbas abaixo do seu potencial.
                A confirmar-se este cenário, serão certamente mais duas grandes perdas não só a nível futebolístico, como também monetário pois, tendo em conta o seu potencial, os dragões poderiam vir no futuro a realizar encaixes significativos com estas duas pérolas da sua formação. 

sexta-feira, julho 13, 2012

O mercado dos três "grandes"

FC Porto, Benfica e Sporting vão moldando os seus plantéis


Como tem sido verificado ao longo da história, nos anos em que são disputadas grandes competições de selecções - Europeus ou Mundiais - o mercado de transferências é um pouco retardado.
Se por um lado os clubes vendedores aguardam pelo fim das provas internacionais na expectativa que os seus jogadores se valorizem ainda mais e, com isso, possam aumentar o seu valor de mercado, por outro, os clubes compradores, veem este tipo de provas como montras que podem revelar várias surpresas e fazer despontar jogadores menos conhecidos.
Em Portugal, os três "grandes" só agora começam a moldar verdadeiramente os seus plantéis, ao passo que as restantes equipas se apresentam um pouco mais adiantadas neste capítulo.
Depois de várias contratações para as equipas B, FC Porto, Benfica e Sporting centram-se agora na equipa principal e tentam montar o puzzle para atacarem a nova época.
No campeão nacional FC Porto apenas foram contratados dois jogadores - o guarda-redes ex-Olhanense Fabiano e o ponta de lança Jackson Martínez que foi contratado ao Jaguares por 8,8 milhões de euros. Depois das saídas de Guarín e de Cristian Rodriguez, os azuis e brancos viram também regressar Mikel Ogu, Pedro Moreira, Abdoulaye, Kelvin, Sereno, Atsu, Castro, Addy, Miguel Lopes e David Bruno que estiveram emprestados na última época.  
Já o Benfica foi até ao momento, e como é hábito, quem mais se reforçou. Para além dos regressos de Yartey, Carole, Sídnei, Roderick, Carlos Martins, Urreta, Enzo Pérez, Mora, Kardec e Melgarejo, os encarnados contrataram ainda o lateral esquerdo Luisinho (ex-Paços de Ferreira), os extremos Djaniny (ex-U.Leiria) e Ola John (ex-Twente) e os avançados Derlis González (ex-Rubio Ñu), Michel (ex-Paços de Ferreira). A custo zero chegaram ainda o guarda-redes Paulo Lopes (ex-Feirense) e o avançado Hugo Vieira (ex-Gil Vicente).
Também nas saídas o Benfica lidera o pódio dos três grandes. Dez jogadores abandonaram a Luz sendo eles Eduardo, Oblak, Emerson, Capdevila, Wass, Fellipe Bastos, Aírton, Felipe Menezes, Jara e Éder Luis.
Por seu lado, o Sporting conta já com duas contratações de peso. O médio ofensivo Zakaria Labyad chegou proveniente do PSV, enquanto o médio defensivo Gelson Fernandez trocou o Saint-Étienne pelos leões. Relativamente os regressos, três jóias da coroa da Academia, que se mostraram em grande evidência na última época, também já trabalham às ordens de Sá Pinto. São eles Cédric Soares e Adrien Silva, que foram dois dos destaques da Académica na temporada transacta, e Wilson Eduardo que teve um alto rendimento no Olhanense. Além destes, Vítor Golas, Eric Dier, Zezinho e Turan também voltaram dispostos a mostrar-se ao treinador leonino.
Ao contrário do que tem vindo a suceder nos últimos anos, nenhum dos três "grandes" viu sair nenhum dos seus indiscutíveis. Neste capítulo, os portistas Hulk e Moutinho e os benfiquistas Witsel e Gaitán parecem estar na lista da frente da cobiça dos tubarões europeus.
A cerca de um mês e meio do fim do período de transferências é provável que muita tinta corra e que estes três plantéis sofram várias alterações.

sábado, julho 07, 2012

Prestação portuguesa no Euro 2012 à lupa

Passado, presente e futuro da equipa de todos nós


Uma semana depois do final do Euro 2012, é possível olhar mais a "frio" para a prestação da Selecção Nacional e fazer uma análise mais concreta e reflexiva daquilo que foi o rendimento dos craques lusos.
Depois de um início de apuramento desastroso que quase pôs em risco a participação portuguesa na fase final, Paulo Bento chegou e conseguiu equilibrar a equipa levando-a ao segundo lugar do grupo e consequente play-off. Aí, Portugal não facilitou e ultrapassou a Bósnia, sendo a última equipa a qualificar-se para o Euro 2012.





No entanto, esta recuperação não foi suficiente e foi ainda em Óbidos, no estágio de preparação antes da partida para a Polónia, que começaram a chover as críticas. Jogadores e seleccionador foram ainda mais postos em causa depois da derrota no jogo inaugural frente à Alemanha.
A verdade é que, apesar da derrota, a equipa das quinas teve uma boa exibição e só saiu derrotada face à falta de eficácia demonstrada no momento da finalização. Contudo, este mau resultado conjugado com a avalanche de críticas que ia chegando a terras de leste não poderiam ter melhor consequência. A Selecção fechou-se entre si, uniu-se e no segundo jogo frente à Dinamarca deu a primeira resposta. Vitória por 3-2!
Neste período, os críticos deixaram o colectivo de parte e viraram-se para o capitão. Cristiano Ronaldo foi alvo de todas as críticas e de todo o tipo de acusações e exigência. E o que aconteceu? CR7 respondeu à sua imagem... No jogo decisivo frente à Holanda o capitão calou tudo e todos e demonstrou ser actualmente o melhor do mundo. Levou a equipa para a frente, marcou os dois golos da vitória, acertou nos postes duas vezes e ofereceu mais golos que Nani e Coentrão desperdiçaram.
Com isto, os comandados de Paulo Bento surpreenderam e contra aquilo que era esperado pela maioria dos portugueses, rubricaram a passagem aos quartos-de-final.
Aqui, mais do mesmo...Mais uma exibição acima da média e mais um golo decisivo de Ronaldo. As meias-finais era uma realidade e a Espanha seria o próximo adversário.




Se no início da competição Portugal era para muitos um outsider, nesta fase o sonho era alimentado e a cotação portuguesa subiu até ao patamar de um dos favoritos à vitória final.
Durante os 90 minutos, Portugal não só conseguiu anular a Espanha, como também podia ter marcado. Isso não aconteceu nem na tempo regulamentar nem no prolongamento e a decisão adiou-se para a lotaria dos penaltis. Rui Patrício ainda fez sonhar os portugueses ao parar o remate de Xabi Alonso, mas depois Moutinho e Bruno Alves falharam e deitaram por terra as aspirações lusitanas. Azar para Portugal, num momento em que dispunha de uma grande oportunidade para voltar à final de um Europeu. No final, as palavras de Cristiano Ronaldo transmitiam o sentimento de todo o país..."Injustiça".
Ora, perante tudo isto, será que o orgulho e a felicidade por termos chegado onde chegámos quando ninguém (ou muito pouca gente o esperava) o esperava, não serão os sentimentos que devemos ter?!
Vejamos, é verdade que temos uma grande equipa, muitos craques que actuam nas melhores equipas do mundo e a estrela maior do universo que é o futebol, Cristiano Ronaldo. No entanto, não temos muitas escolhas, não somos um país de grande abundância de jogadores seleccionáveis e as alternativas aos 14 ou 15 chamados "intocáveis" não são muitas.



Assim, o mérito de Paulo Bento é inquestionável pois conseguiu construir uma grande equipa, retirar o melhor de cada jogador, despertar a confiança de cada um mesmo quando a situação não era favorável e, principalmente, manter o grupo unido fortalecendo o espírito de grupo.
O futuro não se prevê fácil, os jovens jogadores parecem não despontar e a Selecção pode vir a passar por um período complicado. A tarefa de inverter esta tendência pertence aos clubes. A necessidade de apostar na formação e dar oportunidades aos jovens valores é imperativa. Só assim se poderá renovar a Selecção Nacional e permitir que o país possa, nos próximos tempos, viver emoções como as que viveu neste Euro 2012. 

segunda-feira, julho 02, 2012

Super Espanha reapareceu na final


La Roja venceu a Itália por 4-0 e já é bi-campeã europeia



A Espanha escreveu ontem mais um capítulo na história que promete prevalecer imortal nos livros do futebol, ao tornar-se a primeira selecção a conseguir vencer três títulos consecutivos, conjugando dois Europeus (2008 e 2012) com um Mundial (2010).
Ao bater a Itália por 4-0 na final de Kiev, a equipa de Vincent del Bosque conseguiu também assinar a vitória mais desnivelada numa final de Europeus e Mundiais.
Dissipando todas as dúvidas, o seleccionador espanhol decidiu apresentar a opção mais válida no ataque e aquela que melhor tem funcionado, Fábregas em detrimento de Torres.
Depois das prestações frente à Inglaterra e à Alemanha, ainda se pensou que a turma de Prandelli pudesse travar o carrossel espanhol, mas esta ideia não passou de uma ilusão, pois a Itália não conseguiu delinear uma estratégia eficaz. Embora pareça tendencioso, a verdade é que a Squadra Azurra não conseguiu fazer o que Portugal fez nas meias-finais, ou seja, pressionar alto, tapar linhas de passe, aproximar os sectores para não haver espaços entre linhas e subir a linha defensiva de modo a afastar o mais possível os espanhóis da sua baliza.
Ora, não o conseguindo, a Espanha sentiu-se confortável e, como se diz na gíria, quase pôde “jogar de cadeirinha”. Com um Xavi a ter uma preponderância como ainda não se tinha visto neste Europeu, La Roja assentou o seu jogo e o médio do Barcelona voltou a comandar a manobra da equipa, sendo ele o primeiro a assustar Buffon, mas o remate saiu por cima.
Aos 14 minutos, depois de mais uma sucessão de passes liderada por Xavi, Fábregas ganhou a linha de fundo a Chiellini, cruzou atrasado para David Silva, de cabeça, fazer o golo inaugural já com Buffon fora do lance.
Em desvantagem, a Itália estava obrigada a correr mais à procura da bola. No entanto, com Pirlo como vértice mais recuado encostado aos centrais, a equipa perdia o elo de ligação com o ataque e as saídas rápidas que tantos problemas causaram a ingleses e alemães, ficavam assim anuladas.
A juntar à desvantagem, ao desacerto e à falta de soluções para mudar o rumo do jogo, o azar bateu à porta de Chiellini que teve uma lesão muscular aos 21 minutos e obrigou Prandelli a queimar a primeira substituição, lançando Balzaretti.
A superioridade da Espanha era evidente e, aos 41 minutos, Jordi Alba combinou com Xavi ainda atrás do seu meio-campo, sprintou mais de 40 metros, o médio do Barcelona devolveu-lhe a bola com um passe magistral que o colocou na cara de Buffon e o lateral esquerdo elevou a contagem para 2-0.
Ao intervalo, Di Natale entrou para o lugar de Cassano e, mais tarde Thiago Motta substituiu Montolivo mas a tendência manteve-se. E como um azar nunca vem só, oito minutos depois de ter entrado, Thiago Motta lesionou-se e deixou a sua equipa a jogar com dez na última meia hora.
Se a reviravolta já parecia uma miragem, com menos um homem em campo, a Itália limitou-se a esperar pelo fim da partida.
Já a Espanha aproveitou para aumentar ainda mais a percentagem de posse de bola, impondo o tiki-taka, e consumou a sua vitória nos minutos finais com mais dois golos.
Nove minutos depois de ter entrado, Torres assinou o 3-0 e tornou-se o melhor marcador da competição, com 3 golos. Com menos minutos jogados que todos os outros adversários com igual número de tentos, o avançado espanhol alcançou o prémio, ao mesmo tempo que se tornou o primeiro jogador a marcar em duas finais.
Aos 88 minutos, ainda houve tempo para uma combinação blue, Torres assistiu e Mata encostou para o 4-0 final. Mais um marco histórico para estes dois jogadores do Chelsea que conseguiram juntar a Liga dos Campeões e o Europeu de seleções no mesmo ano.
Ora, como este acabou por ser um jogo recheado de recordes, também Vincent del Bosque assinou este capítulo, tornando-se o primeiro treinador a juntar no seu currículo Liga dos Campeões, Mundial e Europeu.
 Também o árbitro português Pedro Proença, que se tornou o primeiro árbitro a apitar a final de Liga dos Campeões e a final do Europeu no mesmo ano, teve uma boa prestação, dignificando o futebol português.

sexta-feira, junho 29, 2012

Super Mário Balotelli leva Itália à final de Kiev

Dois golos do avançado do Manchester City deitaram por terra a Alemanha


A Itália surpreendeu tudo e todos e eliminou uma das grande favoritas à conquista do Euro 2012, a Alemanha, vencendo por 1-2.
A equipa de Cesare Pradelli entrou em campo numa espécie de 4x1x3x2, com De Rossi à frente da defesa e com um trio de médios centro formado por Marchisio mais à direita, Pirlo no centro e Montolivo mais descaído para a esquerda. Na frente de ataque Cassano voltou a ter a companhia de Balotelli, que seria a grande figura do jogo.
A Alemanha até entrou melhor e poderia ter inaugurado o marcador logo aos 5 minutos, não fosse Prilo a tirar a bola em cima da linha de golo, depois do desvio de Khedira na sequência de um canto do lado esquerdo.
No entanto, na primeira vez que a Itália chegou à baliza de Neuer, marcou. Cassano teve um trabalho fantástico sobre Hummels do lado esquerdo, centrou para a pequena área onde Balotelli, com uma entrada de rompante, ganhou nas alturas a Badstuber e cabeceou para o primeiro golo do jogo. 
Em desvantagem, a Mannschaft tentou responder e Khedira quase fez o empate aos 35 minutos. Depois de uma grande dominação de peito, o jogador merengue rematou sem deixar a bola bater no chão, obrigando Buffon a uma grande intervenção.
Ora, quem não marca sofre e, no minuto seguinte foi isso que aconteceu em mais uma falha da defensiva germânica. Montolivo lançou Balotelli na frente, Lahm ficou plantado no terreno colocando o avançado do City em jogo e este, isolado, desferiu um míssil que só parou no fundo das redes da baliza de Neuer. Bis do irreverente avançado italiano, 0-2 no marcador. 
A surpresa ganhava contornos ainda maiores e a Alemanha parecia não mostrar argumentos para inverter o resultado.
Ao intervalo, quando se esperava que Joachim Löw arriscasse mais e passasse a jogar com dois avançados,  eis que coloca Klose no lugar de Mário Gómez e Marco Reus no corredor esquerdo onde estava Podolski. Aos 62 minutos, a Alemanha tentou reduzir a desvantagem através de Reus que, na cobrança de um livre directo, obrigou Buffon a voar e a somar mais uma grande defesa.
Já em desespero, o seleccionador alemão arriscou tudo e lançou Thomas Müller, retirando Boateng. A Alemanha passou a jogar apenas com três jogadores no sector recuado a partir dos 72 minutos e a Itália dispôs de vários contra-ataques onde poderia ter chegado ao terceiro golo. Por várias vezes, os avançados italianos surgiram isolados na cara de Neuer, mas nunca conseguiram desfeitear o guardião do Bayern de Munique.
Já nos descontos, os germânicos ainda beneficiaram de uma grande penalidade que Özil converteu, reduzindo a desvantagem. 
Contudo, a Itália tinha já o passaporte assegurado para a final deste Euro 2012. Pirlo voltou a ser o maestro desta equipa, pautando o jogo e deliciando os adeptos com pormenores fantásticos ao longo dos 90 minutos.
Aguarda-se assim por um grande embate com a Espanha, com a curiosidade de ver uma grande batalha entre este meio-campo italiano liderado por Pirlo e o meio-campo espanhol do chamado tiki-taka.