Mergulhado
numa profunda crise económica e desportiva, o Sporting procura recuperar a
estabilidade e voltar aos melhores resultados.
Depois
da saída de Sá Pinto do comando técnico, o presidente Godinho Lopes decidiu dar
um voto de confiança a Oceano e entregou-lhe a responsabilidade de liderar a
equipa até que fosse encontrado um novo treinador.
Nos
últimos dias as negociações não têm conhecido desenvolvimentos e, apesar de
terem já sido apontados vários nomes como Co Adriaanse, Ernesto Valverde, Luiz
Filipe Scolari e Luís Henrique, ainda não saiu fumo branco do conclave leonino.
No
entanto, o perfil do novo treinador está há muito traçado. O conhecimento do
futebol português, o espírito de liderança e uma carreira marcada por conquistas
são algumas das principais características que a direcção sportinguista procura
no novo técnico.
Contudo,
a questão central neste momento é: qual o treinador que, tendo estas
credenciais, está disposto a arriscar a sua carreira por um desafio como este?
Numa
primeira análise, até pode parecer um exagero, mas a realidade é mesmo esta. O
Sporting atravessa talvez a maior crise da sua história. Para além dos
problemas financeiros que são de conhecimento público, a equipa de Alvalade tem
sido nos últimos anos, como afirmou o próprio Godinho Lopes, um autêntico
“viveiro de treinadores queimados”. Após a saída de Paulo Bento no início da
época 2009/2010, já passaram por Alvalade cinco treinadores – Carlos Carvalhal,
Paulo Sérgio, José Couceiro, Domingos Paciência, Sá Pinto – e nenhum
teve sucesso, acabando por não resistir aos maus resultados.
Deste
modo, o Sporting constitui actualmente um desafio de risco para qualquer
treinador, sendo por isso normal as dificuldades com que os dirigentes se têm
deparado na procura de alguém que possua os atributos exigidos e a coragem para
assumir esta grande responsabilidade, sabendo da enorme pressão a que estará
sujeito.
Assim,
a verdade é que, seja qual for o treinador que aceite comandar os destinos
verde e brancos neste momento, não lhe são esperadas facilidades. Talvez o
barco leonino tenha menos probabilidades de afundar num Oceano já conhecido.
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