Jogo de loucos no Bernabéu
Depois de ter
afirmado que “não tinha equipa”, José Mourinho preparou uma remodelação no onze
para o confronto da 1ª Jornada da Liga dos Campeões frente ao Manchester City.
Deixou Sérgio Ramos no banco, lançando o jovem Varane no centro da defesa e
apostou em Essien para formar o triângulo do meio campo com Khedira e Xabi Alonso
com o intuito de travar o poderio ofensivo dos citizens.
A mensagem no
balneário parece ter passado e o Real Madrid entrou em campo totalmente
transformado daquele que se apresentou no fim-de-semana em Sevilha. Muito
pressionante, com muita assertividade no momento do passe, muita confiança na
elaboração de jogadas ofensivas e sempre com uma agressividade na procura da
bola que impediu que o City criasse perigo.
Cristiano Ronaldo
entrou a todo o gás e iniciou um duelo interessante com Joe Hart que se prolongaria
durante toda a partida. Foram várias as vezes em que o português tentou chegar
ao golo através de potentes remates de fora da área, mas o guardião inglês
estava em noite inspirada.
Também Higuaín e
Khedira tiveram a oportunidade de inaugurar o marcador mas ambos não
conseguiram desfeitear Hart.
A segunda parte
começou da mesma maneira que acabou a primeira. Maior iniciativa do Real,
enquanto o City demonstrava grande consistência e equilíbrio a defender.
Mancini foi o
primeiro a arriscar e lançou no jogo Dzeko para o lugar de David Silva. Mourinho
respondeu logo a seguir e substituiu Essien por Özil mas foi o City a chegar
primeiro ao golo. Yaya Touré libertou-se de três adversários e serviu Dzeko
que, na cara de Casillas, fez o 0-1.
Em desvantagem,
Mourinho arriscou tudo e fez entrar Módric e Benzema de uma assentada. Os
merengues voltaram à carga, mas Touré até poderia ter feito o segundo. A bola
passou ao lado e no minuto seguinte Marcelo empatou. Depois de duas tentativas
de pé esquerdo, o lateral brasileiro puxou dos galões e de pé direito colocou o
Real de novo na luta pela vitória.
Aos 86 minutos,
na cobrança de um livre lateral, Kolarov marcou o segundo para os ingleses e silenciou
o Bernabéu.
Mas as surpresas ainda
só iam a meio! Dois minutos depois, Benzema restabeleceu o empate num remate à
meia volta e devolveu a esperança aos adeptos.
Já no último minuto,
e no seu décimo remate à baliza de Joe Hart, Ronaldo deu a vitória ao Real
Madrid e fez José Mourinho saltar do banco e demonstrar toda a sua euforia de
joelhos no relvado.
Um jogo de loucos
que recuperou a alegria de Ronaldo e a “equipa” de Mourinho!
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