terça-feira, janeiro 08, 2013

Será mesmo de OURO?!



Com a conquista da quarta Bola de Ouro consecutiva, Lionel Messi conseguiu alcançar um feito nunca antes visto, assinalando assim um dia histórico para o futebol mundial. A juntar a este grandioso galardão, o astro argentino soma ainda o recorde de 91 golos marcados no ano civil de 2012 o que, aos 25 anos, o coloca numa posição muito privilegiada para se tornar no melhor jogador de todos os tempos.
Deste modo, a atribuição de uma Bola de Ouro a Messi nunca pode ser considerada injusta nem posta em causa. A questão aqui é outra.
Depois de em 2008 Cristiano Ronaldo ter ganho a Bola de Ouro, passou a assistir-se a um domínio avassalador de Messi no que diz respeito ao vencedor do prémio. Dada a sua importância no panorama dos títulos individuais do futebol mundial, torna-se fundamental analisar a prestação de cada jogador mas, acima de tudo decidir quais os critérios a seguir de forma a que todos os anos se atribua da forma mais justa a Bola de Ouro.  
Nesse sentido, a FIFA teve a preocupação de esclarecer que, para além do rendimento individual, a conquista de títulos colectivos – pelo clube e/ou pela respectiva Selecção – de cada jogador seria um factor importante na decisão final relativa ao vencedor do prémio.
Em 2009, o Barcelona dominou o futebol europeu e mundial, vencendo tudo o que disputou: a Liga Espanhola, a Taça do Rei, a Supertaça Espanhola, a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes. Como tal, Messi sucedeu ao português e conquistou a primeira Bola de Ouro da carreira.
No ano seguinte, na época de estreia de Ronaldo em Espanha, o Barcelona renovou o título espanhol, a que juntou também a Supertaça. Messi voltava a vencer o prémio de jogador do ano, enquanto Cristiano Ronaldo ficava novamente em 2º lugar.
Em 2011, e ao ritmo do tiki-taka, a hegemonia do Barça parecia não ser ameaçada e Guardiola somava uma vez mais a conquista da Liga Espanhola, a Supertaça, a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes. No entanto, ficou uma espinha atravessada, a Taça do Rei diante do Real Madrid. A equipa catalã viu-se pela primeira vez nos últimos anos derrotada numa final pelo seu maior rival, num jogo decidido por… Cristiano Ronaldo.  O português marcou o golo da vitória e abriu um furacão de interrogações em torno do suposto final da hegemonia blaugrana em Espanha. Este factor de discussão aguçou-se ainda mais quando CR7 se tornou o melhor marcador da Liga Espanhola, com 40 golos, superando Léo Messi.
Na época transacta as dúvidas dissiparam-se com o Real Madrid a superiorizar-se ao Barcelona e a conquistar a Liga Espanhola e a Supertaça ao… Barcelona. CR7 carregou os merengues, ao somar 46 golos no campeonato (menos 4 que Messi), deu a vitória decisiva ao Real Madrid em pleno Camp Nou e ainda lançou a equipa de José Mourinho para uma grande vitória na Supertaça com dois golos em dois jogos frente ao grande rival. Além disso, pela selecção de Portugal foi o melhor marcador da fase de apuramento para o Euro 2012, com 7 golos, e na fase final deu a vitória à equipa das quinas diante da Holanda, ao apontar dois golos, e frente à República Checa nos quartos-de-final ao marcar o golo da vitória.
Perante isto, as questões centrais são estas: se até hoje os títulos colectivos eram tidos em conta na atribuição da Bola de Ouro, porque é que em 2009 Wesley Sneijder venceu a Serie A Italiana, a Taça de Itália, a Liga dos Campeões e ainda foi à final do Mundial na África do Sul com a selecção da Holanda e foi esquecido no momento da entrega da Bola de Ouro? E será que alguém se esqueceu do que venceu o Real Madrid no ano passado, tendo como principal responsável Cristiano Ronaldo? Por outro lado, se os feitos individuais são os mais importantes, porque é que Messi venceu o prémio em 2011, quando Ronaldo foi o Bota de Ouro e deu a Taça do Rei ao Real Madrid frente ao Barcelona no mesmo ano?
Das duas uma, ou na eleição da FIFA para a Bola de Ouro não há critérios ou então são utilizados quando dá jeito.
Após o dia de ontem uma coisa ficou esclarecida, se depois da brilhante época que fez no Real Madrid e na Selecção Portuguesa Cristiano Ronaldo não venceu o prémio, dificilmente o conseguirá futuramente pois… é português!

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Em maus lençóis


Balotelli e Mancini pegam-se no treino


A novela Mario Balotelli conheceu hoje um novo capítulo que pode muito bem colocar um ponto final na sua passagem pelo Manchester City.
Tudo aconteceu no treino matinal dos citizens, onde uma entrada violenta do avançado italiano sobre um companheiro de equipa irritou o treinador Roberto Mancini. O técnico transalpino e Balotelli agarraram-se e protagonizaram uma acesa discussão que só terminou quando o adjunto Brian Kidd e alguns jogadores intervieram e separaram treinador e jogador. Os ânimos serenaram e Balotelli foi mandado imediatamente para o balneário.
O Manchester City já se recusou a comentar o sucedido, mas a verdade é que este episódio pode realmente ditar a saída do internacional italiano do campeão inglês.
A propensão de Balotelli para problemas é do conhecimento de todos e o clube inglês pode mesmo ter perdido definitivamente a paciência.
Inúmeras são as polémicas provocadas pelo avançado que ainda no passado mês de dezembro, foi multado pelo City em duas semanas de salário devido ao mau comportamento dentro de campo.
Com o mercado de transferências aberto e com o suposto interesse do Milan, é muito provável que os dias de Balotelli em Manchester tenham os dias contados. 

domingo, dezembro 16, 2012

Aproximam-se decisões

Real Madrid e Cristiano Ronaldo perdem terreno para Barcelona e...Messi


Depois da derrota por 2-1 a meia da semana para a Taça do Rei frente ao Celta de Vigo, o Real Madrid voltou a desapontar ao conceder um empate a dois golos no Santiago Bernabéu diante do Espanyol. 
Os merengues entraram no jogo a dominar, mas foi a equipa catalã que se adiantou no marcador aos 31 minutos através de Sérgio Garcia. Cristiano Ronaldo empatou ainda antes do intervalo e no reatamento Coentrão, a passe de CR7, colocou os madridistas na frente do marcador. Contudo, aos 88 minutos, Juan Albín gelou o Bernabéu ao fixar o resultado final em 2-2. 
Com este resultado, a equipa de Mourinho está agora a 13 pontos do Barcelona e a polémica em torno da continuidade do treinador português à frente dos destinos blancos na próxima época agrava-se ainda mais. Para além dos últimos resultados menos positivos e do mais que presumível "adeus" ao título espanhol depois desta jornada, o Real Madrid não tem demonstrado o rendimento esperado equivalente ao seu valor e ao nível das suas aspirações. A falta de ideias, de concentração e a constante apatia, principalmente no sector recuado, que tem levado a que a equipa sofra demasiados golos, tem provocado vários dissabores.
Esta quebra de rendimento colectiva tem levado também à menor produtividade de Cristiano Ronaldo ou vice-versa. A verdade é que também o craque português sai afectado com o momento da equipa. A eleição para a Bola de Ouro 2012 está à porta e, se até aqui a luta com Messi parecia estar renhida, nas última semanas CR7 tem perdido terreno a passos largos para o argentino, não só a nível exibicional como também de golos. Além de ter batido o recorde de Gerd Müller, ao ultrapassar a marca dos 85 golos num ano civil, o astro blaugrana leva já mais 11(!) golos que Cristiano Ronaldo na Liga Espanhola e parece não querer parar por aqui. Exemplo disso são os últimos 6 golos em 3 jogos. 
Por outro lado, o tiki-taka parece estar mais afinado que nunca e não dá sinais de fraquejar. A goleada de hoje ao Atlético Madrid por 4-1, em Camp Nou, depois de entrar a perder, demonstrou isso mesmo. Só um milagre impedirá os catalães de voltarem a sagrar-se campeões de Espanha esta temporada. 
Assim sendo, é possível que os adeptos do futebol mundial, em geral, tenham assistido hoje a duas despedidas - a primeira do Real Madrid ao título espanhol e a segunda a de Cristiano Ronaldo à Bola de Ouro 2012. 

sábado, novembro 24, 2012

Vettel vs Alonso

Alemão e espanhol correm pelo título mundial


A cidade de São Paulo assistirá amanhã à prova que irá anunciar o grande campeão mundial de Fórmula 1. 
Sebastian Vettel, da Red Bull, e Fernando Alonso, da Ferrari discutem o título da temporada 2012 num ambiente bastante quente.
O alemão parte com a vantagem de 13 pontos e por isso surge como grande favorito a sair de Interlagos com o título. Já o espanhol necessita de uma conjugação de resultados para poder sagrar-se tricampeão e impedir assim o sucesso já anunciado de Vettel.
A luta é enorme e, por isso, cada um concorre com os seus argumentos. O piloto da Red Bull tem a favor não só a vantagem em termos de pontos, mas também outros factores. O seu predomínio na categoria onde apresenta 21 vitórias em 57 etapas, a possível contribuição do seu companheiro de equipa Mark Webber e a boa série de resultados com quatro vitórias nas últimas seis etapas do campeonato colocam-no numa posição muito favorável relativamente ao seu adversário.
Por seu lado, Fernando Alonso tem alguns aspectos a seu favor. Para além de ter sido em Interlagos que o piloto da Ferrari comemorou os momentos mais marcantes da sua carreira – 2005 e 2006 – a chuva que se prevê que cairá amanhã durante o GP do Brasil pode ajudar no rendimento do piloto da Ferrari. Por outro lado, a experiência, o apoio da sua equipa e o talento reconhecido, que já lhe permitiu realizar as tarefas mais difíceis, também não devem ser esquecidos num momento decisivo como este.
Assim sendo, as decisões da presente temporada da Fórmula 1 são amanhã conhecidas numa prova que está a gerar imensa expectativa.

Não é como começa, é como acaba!

Manchester United já conseguiu a reviravolta em 8 (!) jogos esta época


O ditado "não é como começa, mas sim como acaba" começa a ser o lema do Manchester United esta temporada. Com a recuperação no jogo deste fim de semana frente ao Queens Park Rangers, referente à 13ª jornada da Premier League, a equipa de Sir. Alex Ferguson soma já 8 (!) vitórias em jogos em que esteve em desvantagem.
Tudo começou logo na 2ªjornada. Em Old Trafford, o Fulham entrou a todo o gás e marcou logo aos 3 minutos através de Damien Duff. No entanto, a resposta dos da casa não poderia ter sido melhor e os golos de Van Persie, Kagawa e Rafael inverteram por completo o rumo dos acontecimentos. Vidic ainda colocou a bola na própria baliza, mas o resultado estava fixado em 3-2 e a primeira vitória no campeonato estava consumada.
Na jornada seguinte o Southampton também entrou melhor no jogo e até esteve a ganhar por 2-1, mas os dois golos de Van Persie aos 87' e 92 minutos deitaram por terras as aspirações da equipa da casa e ditaram uma grande reviravolta dos vice-campeões de Inglaterra.
Na jornada 5, em Anfield Road, o Liverpool adiantou-se no marcador aos 46 minutos por intermédio de Steven Gérrard, mas os red devils acabariam por vencer por 1-2 com golos de Rafael de Van Persie.
De regresso ao "Teatro dos Sonhos", na 8ª jornada, os diabos vermelhos tinham pela frente o Stoke City e a história voltou a repetir-se - má entrada na partida e golo do adversário. Wayne Rooney fez auto-golo logo aos 11 minutos e o Manchester United encontrava-se novamente em situação de desvantagem. No entanto, a resposta não demorou e o avançado inglês redimiu-se ao marcar aos 27' e aos 65 minutos. Também Van Persie e Danny Welbeck fizeram o gosto ao pé aos 45' e 46 minutos, respectivamente. Pelo meio, Michael Kightly ainda marcou o segundo dos visitantes à passagem da hora de jogo, mas a vitória por 4-2 acabou por sorrir ao Manchester United.
Na visita a Villa Park, na 11ª jornada, a tendência foi a mesma mas a recuperação foi ainda mais extraordinária. Em desvantagem por 2-0, Ferguson colocou em campo Chicharito aos 46 minutos e o mexicano acabou por se tornar na figura do jogo ao assinar um hat-trick que deixou os adeptos em êxtase. 
O mesmo aconteceu nos dois jogos frente ao SC Braga a contar para a fase de grupos Liga dos Campeões. Na primeira volta, em Old Trafford, os minhotos também estiveram a vencer por 0-2 com um bis de Alan, mas dois golos de Chicharito e um de Jonny Evans consolidaram uma grande recuperação. Na segunda volta, em Braga, o trio Chicharito, Van Persie e Wayne Rooney construíram mais uma vitória gloriosa ao assinarem um golo cada, depois dos minhotos terem inaugurado o marcador.
Com estes sete jogos épicos, o adversário deste fim-de-semana foi o Queens Park Rangers que, estando em vantagem por 0-1, encaixou três golos e tornou-se na oitava equipa a provar este "veneno" dos red devils nesta época.
Um aviso sério para as equipas que venham a defrontar o Manchester United nos próximos jogos: o jogo só termina quando o árbitro apitar! 




terça-feira, novembro 13, 2012

Os mais e os menos

Destaques da 9ª jornada da Liga Portuguesa




SPORTING - Finalmente o leão fez ouvir o seu rugido e conseguiu a tão desejada vitória cinco jornadas depois. Frente a um adversário directo, o SC Braga, a equipa de Franky Vercauteren entrou da melhor maneira chegando ao golo aos 4 minutos através de Van Wolfswinkel. Os bracarenses tiveram então que correr atrás do resultado mas o Sporting foi sempre superior na primeira parte. Na etapa complementar, a pressão minhota intensificou-se e apareceu um "Super" Rui Patrício que, com meia dúzia de defesas de grande nível, evitou o empate. Alan ainda acertou no poste e até marcou, mas Pedro Proença invalidou o golo por alegada falta de Éder sobre um defesa leonino. Uma vitória sofrida, mas que pode relançar o Sporting para o início de um novo ciclo.

NACIONAL - Com um início de campeonato complicado, os madeirenses ocupavam antes desta jornada o último posto da tabela classificativa somando apenas 5 pontos graças a 1 vitória e 2 empates. Dado o momento e o historial entre as duas equipas em jogos disputados na cidade berço, era pouco provável que a equipa de Manuel Machado conseguisse inverter a tendência e vencer o Vitória de Guimarães. A verdade é que, em 12 minutos, o Nacional recuperou da desvantagem e construiu a vitória há muito aguardada. Aos 54 minutos, Diego Barcellos igualou a partida, cinco minutos depois Mateus deu a volta ao resultado e, aos 66 minutos, Keita fixou a vitória em 1-3. Grande vitória, boa exibição e uma lufada de ar fresco para o Nacional.

LIMA e WILSON EDUARDO - Os dois avançados deixaram uma vez mais a sua marca no presente campeonato. Lima deu a vitória ao Benfica em Vila do Conde e somou o seu sexto golo na Liga Portuguesa - tantos como Cardozo e menos dois que Jackson Martínez. Já Wilson Eduardo, depois de bisar a meio da semana frente ao Atlético Madrid para a Liga Europa, assinou um grande golo no Estádio do Dragão. Apesar da derrota da Académica, o jovem emprestado pelo Sporting vai dando provas do seu enorme potencial.



PEDRO PROENÇA - É neste momento um dos melhores árbitros portugueses, com provas dadas bem recentemente a nível internacional. Contudo, internamente continua a cometer erros graves, com influencia no resultado e que costumam gerar grande polémica. Desta vez, foi em Alvalade ao invalidar um golo aparentemente limpo a Alan. A indicação do juíz de Lisboa foi que Éder teria cometido falta sobre um defesa leonino, mas nas imagens é possível verificar que o golo foi claramente regular. Um equívoco que custou dois pontos ao SC Braga e que já provocou uma calorosa onda de críticas.

MARÍTIMO - Com o empate em casa frente ao Vitória de Setúbal, os insulares levam já três jornadas sem vencer, a juntar aos dois empates e duas derrotas na Liga Europa. Um momento menos bom da equipa de Pedro Martins que na próxima jornada se desloca à Mata Real para defrontar o 4º classificado Paços de Ferreira.

HELTON - Não é muito habitual ver o guardião portista cometer erros mas, neste fim de semana, uma falta de concentração levou a uma abordagem menos feliz a um remate de Wilson Eduardo que deu o golo da Académica. Helton pediu desde logo desculpas aos colegas, o FC Porto venceu, mas dada a invulgaridade do momento, é algo de assinalar.






sábado, outubro 27, 2012

Jornada de loucos

Benfica desilude, Braga ainda sonhou e FC Porto imbatível



A jornada europeia para as equipas portuguesas começou da pior forma com um saldo de uma vitória e duas derrotas.
Em Moscovo, o Benfica foi o primeiro representante luso a entrar em campo e a temperatura que se registava na Rússia parece mesmo ter gelado os encarnados que entraram de forma desastrosa na partida. Logo no primeiro minuto o Spartak dispôs de uma soberana ocasião de golo, mas Artur evitou a alteração no marcador. O susto não acordou a equipa e, dois minutos depois, Matic perdeu a bola de forma infantil no meio-campo, Bilyaletdinov conduziu o contra-ataque pela direita e ofereceu o golo a Rafael Carioca que, na cara do guardião brasileiro não falhou.
Mesmo em desvantagem, o Benfica nunca conseguiu reagir e impor o seu jogo. Só aos 32 minutos, na sequência de um cruzamento da direita de Salvio, Lima conseguiu antecipar-se à defensiva russa e, ao primeiro poste, cabeceou para o fundo da baliza de Artem Rebrov.
No entanto, esta não era claramente a noite dos encarnados uma vez que, ainda antes do intervalo, o Spartak voltou novamente para a frente do marcador. Ao tentar interceptar um cruzamento do lado direito do ataque moscovita, Jardel introduziu a bola na própria baliza.
A segunda parte não trouxe grandes mudanças, o Benfica nunca conseguiu criar oportunidades de golo flagrantes e até podia ter saído da Rússia com mais um ou dois golos encaixados. Com esta derrota, a equipa de Jorge Jesus está "obrigada" a vencer os dois jogos em casa e a esperar que não haja surpresas nas restantes partidas se quiser seguir em frente nesta edição da Champions.

Em Old Trafford, o "grande" SC Braga visitou o gigante Manchester United e não podia ter entrado melhor. Destemida, consistente e corajosa a equipa de José Peseiro encarou olhos nos olhos os red devils e chegou mesmo à vantagem aos 2 minutos por intermédio de Alan. Uma entrada de sonho que moralizou a equipa e aumentou ainda mais os níveis de confiança, tanto que à passagem dos 20 minutos, Éder teve um lance de génio pela esquerda, fez uma maldade a Carrick e cruzou rasteiro para o capitão que, de primeira, aproveitou para bisar.
Com grande organização, consistência defensiva e qualidade nos processos ofensivos, o SC Braga controlava por inteiro a partida e causava uma das maiores surpresas da noite europeia. No entanto, cinco minutos depois, o United reduziu por Chicharito que correspondeu da melhor maneira a um cruzamento do lado esquerdo de Kagawa.
Com este golo os comandados de Sir. Alex Ferguson equilibraram o jogo, aceleraram os processos e conseguiram chegar com mais perigo junto da baliza de Beto. Esta mudança de tendência acentuou-se ainda mais na segunda parte com os ingleses a imporem um ritmo bastante elevado e a exercerem grande pressão sobre a equipa minhota. Aos 62 minutos, a estratégia deu mesmo frutos e o Manchester United conseguiu igualar o marcador através de Evans que, no meio da confusão dentro da área, conseguiu empurrar a bola para a baliza. A reviravolta ficou consumada quando faltava jogar apenas o último quarto de hora com Chicharito a bisar e a acabar com as esperanças dos Guerreiros do Minho.

No Estádio do Dragão o campeão nacional FC Porto teve que se impor para levar de vencido o Dínamo de Kiev. Contudo, os azuis e brancos até entraram melhor e, aos 15 minutos, Lucho combinou com Jackson, fugiu pela direita de onde cruzou para Varela inaugurar o marcador com um petardo que só parou no fundo das redes de Shovkovski.
No entanto a vantagem portista durou apenas seis minutos pois, na sequência de um canto cobrado do lado direito por Miguel Veloso, Gusev cabeceou para o golo da igualdade.
O FC Porto não ficou afectado com o golo sofrido e continuou a dominar e a marcar o ritmo do jogo até passar novamente para a frente do marcador. Aos 32 minutos, um passe de mestre de James isolou Jackson que não tremeu e fez o 2-1.
Na segunda parte os ucranianos entraram decididos a chegar ao empate e só Hélton o foi adiando com três defesas de grande nível. A excepção aconteceu aos 72 minutos. Yarmolenko isolou Ideye que, depois de fugir a Maicon, fuzilou o guarda-redes brasileiro.
Após estar em vantagem por duas vezes e conceder o empate em ambas, a equipa de Vítor Pereira voltou a reagir da melhor maneira e conseguiu chegar à vitória através de Jackson Martínez. Ao corresponder a um passe de Lucho da direita, o colombiano bisou e deu os três pontos e o primeiro lugar do grupo aos dragões.

Com estes resultados, o FC Porto é primeiro classificado do grupo A com 9 pontos, o Benfica está no último lugar do grupo G com apenas um ponto, enquanto o SC Braga ocupa o terceiro posto do grupo H. Na próxima jornada os dragões deslocam-se a Kiev, os encarnados recebem o Spartak de Moscovo e os bracarenses jogam em casa com o Manchester United.