Normalmente nos clássicos ou nos duelos em que as equipas são muito
equilibradas, são as individualidades que desequilibram os
pratos da balança fazendo a diferença. No
jogo de ontem, essa teoria foi mais que provada.
Ao contrário do que se esperava, o FC Porto entrou em campo
muito pressionante e agressivo, com as suas linhas bastante subidas a não
deixar o Benfica ter a posse da bola. Com esta entrada do rival, a equipa do
Benfica desconcentrou-se, transmitindo algum nervosismo, agravado pelo golo
precoce de Hulk aos 7 minutos.
A partir dos 20 minutos, o Benfica cresceu, conseguiu suster
a pressão do FC Porto, tendo a posse da bola e criando situações de perigo junto
da baliza de Helton, o que se traduziu no golo do empate marcado por Cardozo aos
41 minutos.
Depois do intervalo, o Benfica voltou a entrar melhor e, aos
47 minutos, fez o 2-1 novamente por intermédio de Cardozo que, de cabeça, deu a melhor sequência ao
livre cobrado por Aimar do lado diteito do ataque encarnado.
Aos 57 minutos dá-se o momento do jogo. Víctor Pereira,
vendo a sua equipa em desvantagem, arrisca tudo. Retira do jogo Rolando, com
uma exibição muito pobre, e coloca James que iria mudar por completo o jogo.
Maicon passa a jogar como central e Djalma ocupa a posição de lateral direito,
dando uma maior capacidade ofensiva à equipa.
Passados 6 minutos da sua entrada, James corre 70 metros com
a bola, tabela com Fernando à entrada da área encarnada e, no meio de três
adversários, remata para o fundo da baliza de Artur fazendo o empate.
Com a saída de Aimar, lesionado, e a entrada de Rodrigo, o Benfica perdeu o elo de ligação entre meio campo e o ataque,
permitindo um maior domínio do FC Porto.
Aos 70 minutos, mais uma contrariedade para Jorge Jesus. Garay, lesionado, teve que ser substituído por Miguel Vítor. Aos 76 minutos Emerson vê o segundo amarelo por falta sobre Hulk e é expulso, dificultando ainda
mais a vida ao Benfica.
Passados 10 minutos, com Gaitán a ocupar o posto de
lateral esquerdo, o argentino fez falta sobre James junto da linha lateral. Na
cobrança do livre, o colombiano coloca a bola na cabeça de Maicon que, em
posição irregular, cabeceia para o golo da vitória.
Até ao final Jorge Jesus ainda lançou o jovem Nélson
Oliveira mas o resultado estava feito.
Relativamente ao trabalho do árbitro, apenas um lance a manchar
a sua exibição uma vez que, no lance do 2-3 para o FC Porto, Maicon está
claramente em fora de jogo. Um erro grave do auxiliar de Pedro Proença com
clara influência no resultado.
Por fim, deve-se realçar o facto de o jogo
do título, como era denominado por muitos, ter sido um autêntico hino ao futebol, muito bem disputado e com as
duas equipas a lutarem pela vitória, o que só dignifica a liga portuguesa e a coloca
mais perto do nível dos melhores campeonatos da Europa.
Gosto muito do texto mas considero que houve faltas da equipa de arbitragem para os 2 lados.
ResponderEliminarMuito obrigado :) Espero que goste e continue a seguir os próximos posts :)
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