Arbitragens polémicas alastram para país vizinho

Depois de nas últimas semanas os árbitros portugueses terem sido alvo de inúmeras críticas por parte de dirigentes, treinadores, jogadores e adeptos, instaurou-se uma grande polémica em Espanha, cujo centro das atenções é Paradas Romero.

O árbitro espanhol, de 39 anos, está a ser fortemente contestado no país vizinho devido à sua polémica actuação no jogo entre o Villarreal e o Real Madrid da passada Quarta-feira.

Tudo começou aos 43 minutos quando Bruno teve uma entrada violenta sobre Callejón que o árbitro deixou passar em claro. Desse lance o médio espanhol saiu lesionado ao intervalo.

Já em tempo de compensação da primeira parte, Pepe ficou a sangrar depois de sofrer uma entrada perigosa de um adversário, o que levou o árbitro a... mostrar-lhe o cartão amarelo por simulação.

No entanto, a polémica e as emoções estavam reservadas para a segunda parte. Logo no início da etapa complementar Paradas Romero deu ordem de expulsão ao adjunto de Mourinho, Rui Faria. Aos 83 minutos o árbitro descortinou uma falta de Altintop à entrada da área que, aparentemente, não existiu. Na cobrança do livre directo Marcos Senna fez o golo da igualdade, deixando Mourinho à beira um ataque de nervos. Irritado com a decisão do juiz espanhol, o treinador português protestou e recebeu também ordem de expulsão. Dois minutos depois, foi a vez de Sérgio Ramos ver o segundo amarelo por uma entrada perigosa sobre Nilmar.

Os ânimos estavam exaltados e, depois de muitos protestos dos jogadores merengues, Ozil viu também o vermelho directo.

No final da partida, Paradas Romero admoestou ainda Higuaín por protestos e, já no túnel de acesso aos balneários, expulsou o central Pepe.

Na sequência destes incidentes a imprensa espanhola chegou mesmo fazer manchetes apelidando de "Escândalo" os momentos vividos no El Madrigal.